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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Deputados de MS lamentam morte de vereadora do RJ e debatem Segurança Pública

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15/03/2018 23h52

Fonte: Agência AL/MS

Os deputados estaduais por Mato Grosso do Sul lamentaram, durante sessão desta quinta-feira (15/3), a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), baleada na cabeça em seu carro ontem, no Rio de Janeiro. Sua assessora ficou ferida e o motorista Anderson Pedro Gomes também morreu. Com indícios de execução, o crime chocou o país.

Cabo Almi (PT) foi o primeiro a demonstrar sua indignação. “Esse crime reforça que nossa legislação está errada. Que essa intervenção [das Forças Armadas no RJ] não adianta. O Código Penal precisa ser alterado, os culpados severamente punidos e a Justiça precisa funcionar. Não podemos continuar assim. Quantas Marielles ainda precisam morrer?”, questionou Almi, que complementou que o país precisa investir em políticas públicas. “Não vamos resolver a violência só com armas”, disse.

Para Felipe Orro (PSDB), a morte da vereadora tem relação com a falta de fiscalização das fronteiras em Mato Grosso do Sul, com a facilitação da entrada de armas de fogo e drogas, que são distribuídas pelo país. “Nos solidarizamos com o ocorrido, pois os bons não podem se calar. Porém, o que acontece no Rio de Janeiro é reflexo do corredor que somos em Mato Grosso do Sul. Que isso reforce a bandeira de enfrentamento ao crime organizado”, ponderou.

Quem também subiu na tribuna para falar sobre o caso foi o deputado José Carlos Babosa (PSB). Barbosinha citou a falta de investimentos do Governo Federal e as promessas de implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sifron). “Seriam R$ 12 bilhões em investimentos e até agora o Exército só recebeu R$ 1 bilhão. Em vez de reforçar as ações, o Governo Federal reduziu em 54% as atividades desse Sistema, segundo várias matérias da imprensa. Vimos várias promessas de ministros, mas estamos vendo que o Sisfron, que ajudaria muito o combate ao narcotráfico, está para virar o grande elefante branco. Com as fronteiras abandonadas não tem como fazer o enfrentamento da violência”, criticou.

O deputado João Grandão (PT) concordou. “A gente vê os jornais dizendo que o presidente Michel Temer [PMDB] abandonou a fronteira, que é um ‘calo’. As matérias apontam mais de R$ 60 milhões em cortes de recursos da Segurança Pública em 2018. Não tem fazer o total combate ao tráfico de drogas”, finalizou. Dr. Paulo Siufi (PSDB) ressaltou. “O mundo se chocou. Não tem cabimento. E nós políticos sofremos também com isso. Não podemos ser terra sem lei”, enfatizou.

O deputado Amarildo Cruz (PT) destacou o perfil da vereadora. “Quinta mais votada, 38 anos, negra, nascida e criada na favela, formada em Sociologia, capaz de entender a realidade do povo e por isso lutava contra as mazelas, defendia os oprimidos, denunciava as desigualdades. Foi execução sim. Para dar um recado. Como consertar esse país em que matam os bons?”, lamentou.

“A gente vê os jornais dizendo que o presidente Michel Temer [PMDB] abandonou a fronteira, que é um ‘calo’. comenta o deputado João Grandão / Foto: Victor Chileno

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