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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Inflação brasileira deve entrar em “longo período de declínio” ainda em 2015

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29/01/2015 16h44 – Atualizado em 29/01/2015 16h44

Inflação brasileira deve entrar em “longo período de declínio” ainda em 2015, diz ata do Copom

Fonte: Portal Brasil

A inflação brasileira se encontra atualmente em patamares elevados devido, em parte, à ocorrência de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia – realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e realinhamento dos preços administrados em relação aos livres. Por isso, a taxa tende a permanecer elevada em 2015, “porém, ainda este ano entra em longo período de declínio”, afirma o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em ata divulgada nesta quinta-feira (29).

No documento, o comitê reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, mas “reafirma sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes”. A ata é referente à reunião do órgão na semana passada, quando o Copom decidiu elevar a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,5 ponto percentual (de 11,75% para 12,25%).

“O comitê não descarta a ocorrência de cenário que contempla elevação da inflação no curto prazo, antecipa que a inflação tende a permanecer elevada em 2015”, informa o documento. Para o Copom, o cenário de convergência da inflação ao centro da meta, que é 4,5% em 2016, “tem se fortalecido”. No entanto, “sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo ainda não se mostraram suficientes”.

“Entre outros fatores, essa projeção considera hipótese de elevação de 8% no preço da gasolina, em grande parte, reflexo da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Cofins; de 3% no preço do gás de bujão; de 0,6% nas tarifas de telefonia fixa e de 27,6% nos preços da energia elétrica, devido ao repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético”, diz a ata.

Demanda permanece robusta e crédito é moderado

O Copom avalia que a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta no horizonte relevante para a política monetária. “De um lado, o consumo das famílias tende a registrar ritmo moderado de expansão, devido a fatores como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito; de outro, condições financeiras relativamente favoráveis, notadamente no caso de financiamento imobiliário, concessão de serviços públicos, ampliação das áreas de exploração de petróleo, entre outros, tendem a favorecer os investimentos”, afirma.

Por sua vez, as exportações tendem a ser beneficiadas pelo cenário de maior crescimento de importantes parceiros comerciais e pela depreciação do real. “Para o comitê, esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas”, com vistas a assegurar, no próximo ano, a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Inflação brasileira deve entrar em “longo período de declínio” ainda em 2015

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