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quinta-feira, 28 de março de 2024

Jarvis Pavão chega ao Brasil e é transferido para presídio da região norte

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29/12/2017 08h08

De Brasília, Jarvis foi levado ao presídio federal de Mossoró

Fonte: Danielle Valentim/Midiamax

O narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão deixou o Paraguai na manhã dessa quinta, 28 de dezembro, e foi levado diretamente à Brasília. Na capital federal, o condenado foi apresentado a um juiz federal e, em seguida, transferido ao Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), o traficante brasileiro deu entrada no presídio federal às 17h (horário de Brasília). A autorização para inclusão dele no sistema penitenciário federal foi dada pelo juiz corregedor federal da unidade prisional.

Pavão estava preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Ele cumpria pena de oito anos por crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas no Paraguai. No Brasil, ele irá cumprir pena de 17 anos e oito meses de reclusão a que foi condenado no Brasil pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Sua extradição foi solicitada pelo Juízo da Vara Criminal de Balneário Camboriú (SC), responsável pela condenação.

A entrega do criminoso ao Brasil foi autorizada pelo Poder Judiciário paraguaio em janeiro de 2010 e ficou aguardando a conclusão da pena que Pavão cumpria por crimes cometidos naquele país. Houve ainda um pedido de extensão da extradição apresentado pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Porto Alegre/RS, também pela prática do crime de tráfico internacional de drogas, também foi deferido pelo governo paraguaio.

Participaram do processo de extradição a autoridade central brasileira, exercida pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), com auxílio da Polícia Federal, da Interpol e do Ministério das Relações Exteriores.

Conforme o ABC Color, Jarvis estará a mais de 3.500 quilômetros de Santa Catarina e 3.000 do Rio Grande do Sul, onde estão os principais processos de tráfico de drogas. A escolha do presídio federal se deve às medidas de segurança, de modo Pavão seja literalmente isolado, especialmente da área de influência de qualquer das organizações criminosas que possam tentar resgatá-lo ou assassiná-lo.

Extradição

Ontem, quarta-feira (27), Pavão completou a sentença de oito anos de prisão que cumpriu no Paraguai, também por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e violação da lei de armas.

No último dia 21 de dezembro, a juíza Lici Teresita Sánchez foi comunicada sobre a delegação que acompanharia o traficante ao Brasil para cumprir sentença de 17 anos e 8 meses por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação criminosa.

Porém, no dia 22 de dezembro, um documento judicial previa a suspensão da extradição até que houvesse uma decisão final definitiva da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos). Cresencio Ocampos, magistrado de primeira instância, afirmou no despacho que a extradição deve ser suspensa já que ainda há recursos em andamento na justiça paraguaia, e pelo fato de Pavão ser casado com uma paraguaia e ter filhos nascidos no país, o que dá a ele cidadania paraguaia.

Logo depois, a Corte Suprema de Justiça do Paraguai anulou o habeas corpus que impedia a extradição do narcotraficante Jarvis. Oministro da justiça paraguaia, Éver Martínez, chegou a dizer que o juiz Crescencio Ocampos recebeu dinheiro para deferir a decisão em favor de Pavão.

Foto: Ministério da Justiça

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