04/07/2017 14h58

Comunidade indígena debate 2ª Feira Tekoha Guapoy da aldeia Amambai

Fonte: Redação

Amambai (MS)-Com intuito de debater e gerar ideias para as próximas feiras indígenas, aconteceu na Aldeia Amambai na tarde do último domingo (2) uma roda de conversa.

O diálogo contou com a presença de representantes de diversos segmentos da sociedade, que juntos avaliaram as perspectivas e expectativas para o trabalho junto a comunidade indígena de Amambai, que hoje soma cerca de 12 mil índios.

De acordo com o vereador Ismael Kaiowá, idealizador da Feira Tekoha Guapoy, que teve sua primeira edição no mês de abril de 2017, o projeto visa essencialmente o conhecimento – por parte dos não índios – , da cultura Guarani Kaiowá e da produção de frutas, verduras e hortaliças que existe dentro da aldeia, além de geração de emprego e renda.

“A primeira feira foi um sucesso, os visitantes em sua maioria foram aqui mesmo da aldeia, mas nosso objetivo é que as pessoas da cidade visitem a feira e conheçam um pouco mais de nossa cultura”, disse o vereador. E completou: “Nossa proposta aqui hoje é discutir o que deu certo na primeira e o que pode ser feito para a próxima, que tem previsão de acontecer simultaneamente à inauguração do Parque Indígena, prevista para setembro”.

O secretário municipal de Agricultura (Seagri), Anílson Prego, esteve presente durante o debate para avaliar como a Seagri pode contribuir com a comunidade indígena para a execução da próxima feira, bem como ampliar a produção das famílias. “Aqui hoje nosso compromisso é afirmar a politica de produção, porque é daqui, deste debate, que saem as soluções para inúmeros problemas (…) sabemos que a primeira feira foi um sucesso, isso mostra a força que vocês tem e queremos contribuir para que a próxima seja ainda melhor”, disse o secretário.

De acordo com Crescência Martins, uma das produtoras que vendeu seus produtos na primeira feira, a feira vem para contribuir com o fortalecimento da cultura indígena. “Nós vendemos muito bem na primeira feira, e existiam várias opções, mas mesmo assim, ninguém saiu daqui sem vender nada e isso é uma forma de nos fortalecermos aqui dentro da aldeia”, disse Crescência.

Participaram da roda de conversa o capitão da aldeia, Adair Saches; profissionais da Casa de Apoio a Saúde Índigena (Casai) – enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais-; da gestora da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, Rhayssa Siviero; da presidente do Movimento das Mulheres de Amambai, Derli Jaime, do Sgt. da Polícia Militar, Geraldo Silva, da soldado Luana Colman de Lima, do vereador Geverson Vicentin, além de produtores e artesãos.