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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Maioria dos internautas do Amambai Notícias é contra legalização da maconha

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A maioria dos internautas do jornal eletrônico Amambai Notícias não é favorável à legalização da maconha no Brasil. A constatação foi obtida através de pesquisa realizada no período de 31 de maio até 13 de junho.
O jornal eletrônico Amambai Noticias realizou uma enquete no inicio do mês de junho com a seguinte pergunta: você é a favor ou contra a legalização da maconha?

Foram ao todo 346 votos, durante o tempo em que a enquete foi veiculada no jornal. Dos 346 votos, 129 são a favor da legalização da maconha, e 217 votos contra a legalização.

A discussão acerca da legalização da maconha e descriminalização de seu consumo gera muita polêmica em todos os meio sociais. E em Amambai, como uma cidade fronteiriça, e comumente utilizada como rota do trafico de drogas, a população não é conivente com seu uso e comercialização regulamentada.

Maconha: porque é proibida?

A guerra contra a cannabis sativa (nome cientifico da maconha) foi motivada muito mais por fatores raciais, econômicos, políticos e morais do que por argumentos científicos. Tem a ver com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários frequentes de maconha no começo do século XX.

Deve muito também aos interesses de indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um concorrente, o cânhamo, fibra retirada do caule da planta.

Quando começou a ser difundida nos Estados Unidos, em 1930, a maconha era utilizada por uma minoria, trabalhadores mexicanos, que eram discriminados e acusados da maior parte dos crimes ocorridos.

Foram espalhados diversos boatos sobre os usuários da erva, como insinuações de que a droga induzia ao sexo promíscuo (muitos mexicanos talvez tivessem mais parceiros que um americano puritano médio, mas isso não tem nada a ver com a maconha) e ao crime (com a crise, a criminalidade aumentou entre os mexicanos pobres, mas a maconha é inocente disso).

Baseados nisso vários estados começaram a proibir a substância. De lá, a proibição contra a cannabis sativa e seus consumidores foi difundida pelo mundo.

Porque deveria ser liberada

Existem estudos que comprovam que a maconha, utilizada em doses seguras não causa tantos danos ao organismo como o álcool, por exemplo. Um dos maiores desafios dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo – ou seja, criar uma maconha que não dê “barato”.

No Brasil, a maconha é a droga mais difundida. Consumida por 80% dos usuários de drogas; 5% da população adulta e a discussão sobre a liberação do uso tem vindo à tona com a chamada “Marcha da Maconha” que mobiliza pessoas em todo o país para saírem em caminhada pela legalização da erva.

Mas mesmo legalizada ou não, a maconha continua sendo um tabu para todas as esferas da sociedade. Se sua utilização será liberada ou proibida, ainda é cedo para que se tenha uma resposta, mas o que se pode esperar é que essa discussão seja feita sem excessos de ambas as partes, tanto de quem defende o uso quanto de quem quer proibir.

Marcha da Liberdade em Campo Grande

O movimento que surgiu como Marcha da Maconha em São Paulo e no Distrito Federal ganhou outro nome no País e em Mato Grosso do Sul terá várias bandeiras no dia 18 de junho. A concentração será às 9 horas, na Praça Ary Coelho.

Entidades que organizam a “Marcha da Liberdade” em Campo Grande garantem que o ato é apartidário e listam como motivos para a passeata a luta por políticas culturais, contra a homofobia, pela demarcação de terras indígenas e até por questões pontuais, como a revitalização do centro da cidade.

Os manifestantes também esperam alertar a sociedade sobre o desmatamento do cerrado e das florestas.

O convite é feito a “todas as pessoas que ainda acreditam na liberdade de expressão efetiva e justa. Para todos os movimentos sociais, pela ética na política, por uma democracia realmente participativa, por justiça igualitária a qualquer cidadão, por terra, por casa, por trabalho e salário digno, por transparência nas instituições públicas, por menos impostos e tributos, pela liberdade de imprensa, pelos estudantes, pelos professores, pelas mães, e por uma vida melhor”.

Fernanda Moreira / Da Redação
Com informações da revista Superinteressante e do Campo Grande News

Marcha da Maconha.

A utilização medicinal da maconha ainda depende de estudos.

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