15/06/2016 16h05
Traficantes dão ‘toque de recolher’ e podem ter executado policial para mostrar poder
Fonte: Redação, com informações do Capitan Bado
Amambai (MS) – Traficantes dão ‘toque de recolher’ e podem ter executado policial para mostrar poder.
Polícia colocou investigação em sigilo e não se pronuncia sobre motivação.
“Toque de recolher” teria sido dado por traficantes na semana passada, na cidade de Paranhos, fronteira com o Paraguai. A ordem era que estabelecimentos comerciais fechassem as portas às 17h, sob a promessa de que haveria mortes. A execução do policial civil Aquiles Chiquinho Júnior, 34 anos, que ocorreu na noite de ontem (14) pode ter tido relação com o episódio e sido praticada em demonstração de poder de duas facções que fazem da cidade “campo de guerra”
A polícia declarou sigilo nas investigações e as informações foram obtidas extraoficialmente pelo portal Correio do Estado. Desde a semana passada, quatro veículos com homens fortemente armados, integrantes de grupos de traficantes atuantes na região, estariam passando nos fins das tardes dando ordens para que comércios fechassem as portas. A promessa era que pessoas morreriam. A ameaça teria provocado revolta em policiais, que declararam suposto enfrentamento.
Coincidência ou não, o investigador foi executado a tiros de fuzil, ontem à noite, na academia onde malhava, na avenida Marechal Deodoro, no centro de Paranhos. O crime teve participação de três homens, que chegaram no endereço num veículo Gol de cor vermelha, e um deles desceu com a arma, atirando. Quatro clientes da academia foram feridos e não correm risco de morte, segundo a polícia. Aquiles morreu no local.
Policiais de pelo menos 10 unidades, a maior parte da região de fronteira, fazem buscas pelos pistoleiros. Aquiles era era casado e tinha um filho.