26/07/2016 16h08
Pedro trabalha há 17 anos como mototaxista em Amambai
Fonte: Da Redação
Amambai (MS)- É comemorado nesta quarta-feira (27), o Dia do Motociclista, data que homenageia estes profissionais que diariamente arriscam suas vidas no trânsito em prol ao transporte de outras pessoas ou objetos.
A data surgiu em 1998, a partir de uma tentativa da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM) de estipular um dia comemorativo oficial para os motociclistas, visto que na época, a data era comemorada em vários dias do ano.
O dia 27 de julho foi escolhido, porque no mesmo dia no ano de 1974, morria o motociclista e mecânico da concessionária Honda, Marcus Bernardi, que por indicação de Rogério Gonçalves, na época, o proprietário da Honda de Sorocaba, recebeu uma homenagem póstuma.
Em Amambai
Amambai conta hoje com 15 motociclistas, que fazem da motocicleta, a sua profissão, os chamados mototaxistas, que são profissionais que prestam serviços de transporte individual de pessoas. Dentre estes profissionais, está Pedro Nunes, que há 17 anos faz da sua paixão pela moto, a sua profissão.
Pedro começou a pilotar profissionalmente no ano de 1999, quando viu ali a oportunidade de ganhar melhor. “Eu comecei a trabalhar de mototaxista há 17 anos, quando a profissão ainda era novidade em Amambai e por isso rentável, já hoje isso não acontece mais, é necessário conciliar com outra fonte renda para que tenhamos uma vida confortável”, comentou Pedro.
Pedro é, além de mototaxista, locutor na rádio Auxiliadora 105,9, apresentando os programas “Bom dia Auxiliadora”, que vai ao ar diariamente das 5h às 7h e também do programa “Unindo Tradições” que vai ao ar todos os domingos das 9h às 12h30.
Ele conta que o que mais lhe atrai na profissão é a adrenalina de pilotar a moto. “A adrenalina já faz parte de nós, já se torna um hábito, eu mesmo, quando viajo num outro meio de transporte que não seja moto, já sinto falta do vento batendo; é uma sensação inexplicável”, comenta Pedro.
Já a maior dificuldade dos mototaxistas, segundo Pedro, são os riscos que o profissional enfrenta, seja no trânsito ou também de assaltos. “Além das condições precárias de algumas vias, o que faz com que corremos risco de acidentes, temos também outra preocupação, que são os assaltos; comigo nunca aconteceu, mas já perdi três colegas por causa disso, um deles foi o meu companheiro Agnaldo Ferreira que levou três tiros nas costas durante um assalto na saída para Aral Moreira”, lamenta Pedro.
Para evitar esse tipo de situação, os motoxistas de Amambai usam algumas dicas passadas pela Polícia Militar para a identificação de possíveis passageiros mal intencionados, como avaliar se o mesmo fala olhando diretamente nos olhos no mototaxista, se ele está inquieto e demais dicas. “No início, todo mototaxista não quer dispensar nenhuma corrida, mas com o tempo, ele aprende a selecionar seus clientes com base nas dicas passadas pela polícia”, afirma Pedro.
Diante dessas dificuldades e novas oportunidades, Pedro diz já ter pensando em desistir da profissão, porém não chegou a desistir, porque segundo ele, a paixão pela adrenalina é maior.
Em média, segundo Pedro, um mototaxista trabalha cerca de 10 horas por dia e para se tornar um destes profissionais é necessário a realização de um curso de 40 horas, depois ser aprovado em um concurso e apresentar laudos de antecedentes criminais e de residência fixa no município, além de ter uma motocicleta com menos de oito anos de uso.
Pedro trabalha no Ponto 3, localizado próximo ao auto posto Sol Nascente, onde desempenha também a função de motoboi.
O telefone de contato do ponto onde Pedro atende é o (67) 3481-2541 e o telefone celular do mototaxista é o (67) 9 9608-0263.
