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sexta-feira, 29 de março de 2024

Milionários, o Glorioso!!!

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02/08/2017 16h14

Conversa nada fiada

Por Odil Puques

Era uma vez uma cidade que tinha um time e um time que tinha a cidade aos seus pés. Diz a lenda que alguns guris das famílias Machado Franco e Amaral mais alguns amigos se rebuscavam por aí atrás de uma pelota com a sugestiva nomenclatura de “Os Fuzileiros” e houveram por bem fundar um time de futebol, que incluiria o presidente, massagista, roupeiro, técnico e claro os atletas. Reuniram-se então com aquele que seria o maior de todos os treinadores, Ernesto Landolfi, que ofereceu sua residência ali no cruzamento da Pedro Manvailler com a Rio Branco, em cima da Farmácia Popular. Lá estavam Nelson Franco, Gilberto Franco, Carlos Serejo, Silo Chaparro de Oliveira, o Budo, Anailton Chaparro de Oliveira, o Naito, Emilio Rojas, Alcedir Gomes de Vasconcelos, Adolfo Amaral, Pedro Sanches e tantos outros.

Era uma noite fria naquele 30 de julho do ano da graça de 1970. O anfitrião Landolfi foi o primeiro a falar e pediu que os presentes sugerissem como chamar-se-ia o que se pretendia fundar. Um disse Sol de América, outro ainda pensou em reavivar o XV de Novembro, eis que o Alcedir sugeriu Milionários, inspirado no homônimo de Bogotá na Colômbia que fazia muito sucesso à época. Acatou-se e haveriam de “epipetar” como Associação Atlética. Ali mesmo decidiram pelas tricores, vermelho, preto e branco e o símbolo, o famoso Tio Patinhas do gibi. E assim surgia aquele que daria as maiores alegrias ao fanático torcedor amambaiense, o Glorioso. Para a primeira presidência escolheu-se o Pedrinho Sanches.

Qualquer avisado do mundo futebolístico sabe escalar do goleiro ao ponta esquerda, o Santos de Pelé, o Palmeiras da Academia, o Flamengo do Zico, o Botafogo do Garrincha e as seleções brasileiras de 70 e a de 82. Os de Amambai tem o seu Milionários de preferência. Fico com dois: o primeiro dos primórdios, escalado por Nelson Franco, composto por Marones no gol, Arivaldo ou Gilberto Franco na direita, Enedir e Nunu na zaga e Adolfo Amaral na esquerda. Meio campo composto por Beto Tiche, Ele, Nelson e Alcedir e mais tarde o Galego. No ataque Teixeirinha, ponta direita, Nelder centroavante e Penha na outra ponta.

Outro mais moderno, já da década de 80, escalado pelo ícone Paulo Roberto Brescovit, o Paulinho: Goleiro Anderson Manzano. Coconho, Biro Biro, Rogério Dentista e Popowiski, formavam a linha de zaga. Nuna, Paulinho e Josimar, o meio campo. E no ataque Toninho Lima, Aristeu e Ailton Blanco.

Inúmeros outros vestiram o manto, impossível nominar a todos, injustiça sei, mas permitam cometê-la em nome da boa intenção. Gimeli, Ubiratan Brescovit, o Cheroso, Adriano Brescovit, Carlos Serejo, Rui Cordeiro, Zé Vinte, Sonilto, Luiz Bonh, João Erasílio, Marcos Manfroi, Ataíde Puxadinha, Osmarzinho, Sergio Sorveteiro, Martinho, Manoel Parada, Marco Bampi, João Pilincho, Ramiro, Ademir Vieira, Macaco, Ademir Bonh, Protázio, Carlos “Dieu” e Carlinhos.

Acreditem o time tinha trilha sonora, era a música “O Milionário” tocada pelo conjunto “Os Incríveis”. As torcedoras levavam uma vitrola movida à pilha, punham o disco, durante a entrada entusiástica do time em campo. Entregavam-se flâmulas aos adversários para dar o norte da boa amizade e da convivência, porque todos sabiam que a vitória seria inconteste. Salve o 30 de julho, aniversário do Lendário Milionários.

O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna

Milionários, o Glorioso!!!

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