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25 de julho, Dia do Escritor – Escritores amambaienses falam sobre suas obras

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24/07/2014 16h35 – Atualizado em 24/07/2014 16h35

Fonte: Da Redação

Amambai (MS) – O dia 25 de julho é um dia dedicado a homenagear o escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos, pautados em verdades comprovadas, ou textos literários, divididos em vários gêneros.

O surgimento da data se deu a partir da década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente.

Apesar de ser um dia de comemoração, os escritores sofreram nesta semana a perca de quatro de seus grandes nomes. Nomes esses que ditos buscam lembranças das histórias que os leitores mais assíduos acompanharam.

Rubem Alves, João Ubaldo Ribeiro, Mário Pereira e Ariano Suassuna deixaram sua marca na história e nessa data devem ser relembrados e homenageados.

Em Amambai, também existem escritores que devem receber sua homenagem. Alguns deles lançaram livros sobre poesia, outros sobre a história do município e há até mesmo aqueles que ainda nem lançaram seus livros, mas mantêm sempre aquele lápis e o bloquinho ao lado, para no meio do serviço fazer a anotação de uma ideia.

Odil Toledo Puques é um deles. Segundo o escritor amambaiense, autor do livro Causos e Prosas, que envolve um compêndio de causos e histórias ouvidos ao longo do tempo nesta região, a vontade de escrever surgiu desde cedo por ser uma pessoa que gosta muito de ler.

“Sempre gostei de escrever, mas nunca tive ideia de que escreveria um livro. Sempre que ouvia uma história que considerava interessante, passava para texto; quando vi, já eram mais de 100 e surgiu a ideia do livro”, explica Odil.

Ele conta que está escrevendo um novo livro, que ao contrário do anterior, é de literatura e conta a história de um menino de seis anos, a partir da visão do mesmo. Odil explica que a ideia do livro surgiu quando escrevia o último conto do primeiro livro, “O reino das bulitas”.

“Peguei um gancho do meu primeiro livro para criar o segundo, a história fala sobre o mesmo personagem”, diz ele.

Odil conta que suas maiores inspirações foram os seus escritores favoritos, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Érico Veríssimo, Mário Palmério, José Mauro de Vasconcelos e Hernâni Donato.

O escritor ainda indica dois de seus livros prediletos, um deles, o primeiro que leu na vida, A Ilha Perdida, e o segundo, Grande Sertão: Veredas, que, para ele, é a melhor obra existente.

“Ser escritor é assim, fica um tempo sem escrever, sem fazer nada, produz um pouco, volta, refaz mais um pouco, deleta tudo, começa tudo de novo, não gosta de novo”, diz Odil aos risos.

Outro escritor é Daniel Sabino. Ele conta que atualmente só escreve de vez em quando e que está em fase de recolhimento. O autor escreveu três livros com os títulos Instantes de Paixão, Momentos do Coração; No Brilho dos Olhos um Sentimento e Virtudes de um Lutador.

“Os meus primeiros dois livros são apenas poesias, um deles fala sobre os sentimentos humanos, outro são obras de cunho social e o meu último fala sobre crônicas, nunca me interessei por estilos além desses”, conta ele.

Quando questionado sobre qual seu estilo favorito, explica que ao contrário de outros poetas que falam sobre o regionalismo, gosta de escrever mais sobre sentimentos, pois sentimentos são universais. “Todo mundo ama ou odeia, todos têm sentimentos, é uma linguagem universal”, conta Daniel.

Ele conta que começou a escrever cedo, aos 17 anos, quando, segundo ele, os sentimentos estão aflorando. “Minha inspiração maior sempre foram as pessoas, geralmente o centro das minhas poesias são elas”, acrescenta.

Entre os autores que mais inspiraram durante sua carreira, Daniel cita Ariano Saussuno, Augusto dos Anjos e Paulo Coelho. “Sempre gostei de brasileiros, me interessei pela história de cada um deles, mas na poesia, meu predileto sempre foi Fernando Pessoa”, diz ele.

Para Daniel, ser escritor é se sensibilizar com as pessoas e situações, de certo modo inspirando para que vivam a vida com mais intensidade e mais amor. “Se não tiver uma sensibilidade, não há motivo, pois essas pessoas não terão mais tolerância com a injustiça, criando mais capacidade, apesar de sofrer mais, para viver a vida”, explica o escritor.

Uma de suas histórias favoritas sobre sua escrita vem de um de seus amigos escritores, Rogério Lemes, este disse que começou a escrever quando Daniel passou em sua sala e falou sobre seu trabalho, reconhecendo o mesmo. “Com isso aprendi apesar das dificuldades, mesmo que passemos por momentos difíceis, o melhor reconhecimento é esse retorno”, afirma.

Quanto a esse reconhecimento ao escritor, Daniel afirma que continua sendo pouco. “Como Paulo Coelho que foi conhecido primeiramente por escrever letras para Raul Seixas, os escritores são reconhecidos por outro motivo antes de terem seus talentos conhecidos”, diz ele.

Aos novos escritores, Daniel diz que como qualquer negócio é preciso estímulo e persistência, pois sem estímulo, não existe esperança e sem esperança, não se sonha.

“O mais importante é o que vai ficar, mesmo sem reconhecimento, se a não fizermos hoje, não haverá nada para ser lembrado amanhã”, conclui Daniel.

Dia do Escritor é data desconhecida por escritores de Amambai.

Escritor e secretário de Governo, Odil Puques / Foto: Moreira Produções

Lançamento do livro Causos e Prosas em 2012.

Daniel Sabino, escritor de poesias / Foto: Moreira Produções

25 de julho, Dia do Escritor - Escritores amambaienses falam sobre suas obras

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