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terça-feira, 23 de abril de 2024

Após ação do Governo, greve da educação de MS chega a 80%

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29/05/2015 19h47 – Atualizado em 29/05/2015 19h47

Após ação do Governo, greve da educação de Mato Grosso do Sul chega a 80%

Fonte: Fetems

Na última quinta-feira (28) o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), entrou com uma liminar para tentar acabar com a greve dos trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul, além disso publicou nota nos mais diversos veículos de imprensa, televisão, rádio, jornal impresso e ainda pagou uma empresa para panfletar casa por casa, nos mais diversos municípios, o mesmo material tentando desqualificar o movimento grevista e a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), que está à frente do professo, como entidade organizativa da categoria.

De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, as ações negativas do Governo só aumentaram a revolta dos trabalhadores em educação. “O governador optou pelo pior caminho em uma greve, tentar desconstruir o nosso movimento, através da imprensa e da publicidade negativa, além disso, procurou caminhos judiciais para tentar por fim na nossa paralisação, para nós isso com certeza é motivo de surpresa e deixa claro, que desde o inicio de seu Governo, ele optou por um lado e esse lado não é o da classe trabalhadora, os servidores do Estado de Mato Grosso do Sul”, disse.

O presidente disse ainda que com essa atitude o Governo só conseguiu inflar mais ainda o movimento e nesta sexta-feira (29) a greve atingiu mais de 80% das 362 escolas de Mato Grosso do Sul. “Você já pensou um professor que está vendo a todo momento na TV, no rádio, no jornal e ao acordar acha na sua caixa de correio uma nota tentando desqualificar o seu movimento e ainda mentindo a respeito do seu salário, dizendo que ele ganha R$ 5.561,90, valor muito longe da realidade, ou um administrativo da educação que acompanha o Governo dizendo que vai dar reajuste de 0% e que a entidade que ele escolheu para se filiar, que historicamente sempre lutou por ele, não o representa. É mentira em cima de mentira, isso só pode gerar descontentamento e revolta. Graças a esses erros hoje atingimos 80% das escolas paradas e um grande apoio de pais e alunos”, afirma.

A vice-presidenta da FETEMS, Sueli Veiga, ressaltou que ao invés de gastar rios em dinheiro em publicidade e material, na tentativa de desqualificar o movimento, o Governo poderia parar de mentir que o diálogo está aberto e chamar a Federação oficialmente para reabrir as negociações. “Até o momento nós não fomos chamados oficialmente para dialogar, só temos assistido e visto o governador dizer na imprensa que o canal de negociação está aberto, até o momento não recebemos nenhuma reformulação de proposta e nem fomos chamados para reabrir o debate oficialmente, portanto continuamos em greve”, conclui.

A FETEMS reafirmou em nota que mesmo com a liminar pedida pelo Estado a greve continua normalmente na semana que vêm, pois a entidade possui um prazo para recorrer a decisão, cabem vários recursos, o descumprimento não trará problema algum aos grevistas e a assessoria jurídica já tomou as providências cabíveis.
Após a tentativa de judicialização da greve os trabalhadores em educação de MS irão realizar um grande ato em Campo Grande, na próxima terça-feira, 2 de maio, a partir das 9h30, com concentração em frente a Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes.

Após ação do Governo, greve da educação de MS chega a 80%

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