29/05/2015 12h10 – Atualizado em 29/05/2015 12h10
Fonte: Da Assessoria
Os trabalhadores da rede estadual de ensino de Amambai estão em greve desde a última quarta-feira (27).
A adesão ao movimento deflagrado pela Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul – exige do governo do Estado o cumprimento da lei nº 4.464 de 19/12/2013 que dispõe sobre a implantação do piso para 20 horas/aula em 4 anos e uma política salarial para os funcionários administrativos.
A avaliação da direção do Simted – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Amambai – é que cerca de 70% dos servidores das escolas da rede estadual estejam parados. São cinco as unidades escolares em Amambai – escolas estaduais Cel. Felipe de Brum, Dom Aquino Corrêa, Vespasiano Martins, Dr. Fernando Corrêa da Costa e Indígena Mbo Eroy Guarani Kaiowá.
No Estado, são cerca de 270 mil alunos sem aula, 362 escolas fechadas e cerca de 25 mil profissionais em educação parados.
Sem dar aulas ou cumprir a jornada na escola, os trabalhadores mantêm uma programação diária a fim de organizar o movimento grevista, mobilizar a categoria, conscientizar a população e pressionar o governo.
Programação da greve
Quarta e quinta-feira desta semana os trabalhadores reuniram-se na sede do Simted definindo estratégias de ações.
Na sexta-feira (29), foi feita panfletagem no semáforo em frente à praça Cel. Valêncio de Brum no período matutino.
No sábado (30), nos períodos matutino e vespertino está programada a distribuição de folhetos em frente aos supermercados da cidade.
Os folhetos produzidos pelos trabalhadores em Educação de Amambai convidam a comunidade para a manifestação de segunda-feira (1º) e informam os argumentos da greve.
Manifestação das redes estadual e municipal
Na segunda-feira (1º), é realizada manifestação dos trabalhadores em Educação de Amambai das redes estadual e municipal de ensino a partir das 7h30 na praça Cel. Valêncio de Brum. Também haverá passeata e panfletagem.
Nesta data, há a adesão dos professores da rede municipal, que definiram em assembleia realizada na semana passada a realização de um dia de mobilização.
Na rede municipal, os professores: reivindicam uma política de valorização profissional, dividida em no máximo seis anos, conforme Plano Nacional de Educação.
Fetems
A Fetems tem mantido uma programação diária de greve. Assembleias com as direções dos Simteds, reuniões da direção e mobilização da categoria e da classe política são algumas das ações realizadas.
A presidente do Simted de Amambai, professora Olga Mariano, participa das reuniões da Fetems.
Na próxima terça-feira (2), uma caravana de trabalhadores em Educação de Amambai participa em Campo Grande de uma assembleia na Fetems.
Entenda mais sobre a greve na rede estadual e a paralisação na rede municipal
No Estado
Administrativos: o governo de MS anunciou índice ZERO de reajuste.
Professores: reivindicam reajuste de 10,98%, valor garantido pela Lei Estadual nº 4.464 de 19/12/2013 que dispõe a implantação do piso para 20 horas/aula em 4 anos. Hoje, o piso na rede estadual é de R$ 1.331,42, para uma jornada de 20 horas/aula.
O governo propôs 4,37% para outubro deste ano e 3,74% durante 7 anos, ou seja, até 2022. Com essa proposta, a implantação do piso para 20 horas/aula será em 8 anos. O governo também não pagou ainda 1/3 de hora atividade para os professores referente a 2013, conforme determina a lei nº 4.464 de 19/12/2013.
No Município
Professores: reivindicam política de valorização profissional, dividida em no máximo 6 anos, conforme Plano Nacional de Educação. Hoje, o piso para 20 horas/aula é de R$ 983,28.
Os profissionais em Educação da rede municipal também querem a Gestão Democrática – eleição para diretor de escola – e a Unificação da Carreira, com a política de valorização do administrativo.
A administração municipal atual (2013-2016) não realizou uma política de valorização salarial profissional, apenas repassou o índice de inflação.
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