08/09/2017 14h01
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Arquibancadas lotadas com uma energia diferente, que extrapola os poros, é quase sensível ao toque… mas no meio da arena lá estão eles, concentrados, devotados e com o pensamento voltado a um único lugar: o céu. No momento em que os chapéus são tirados, a prece elevada é: “Deus, nos proteja”.
Os peões, em movimentos quase que ensaiados, dobram seus joelhos e fazem o sinal da cruz enaltecendo sua fé e o seu pedido de proteção para mais uma de suas montarias.
O rival a ser batido, já se sabe qual é. Também o seu proprietário e o seu histórico de vitórias nas inúmeras batalhas travadas dentro de arenas. Apenas oito segundos…intermináveis oito segundos em cima do touro, que garantirá a passagem para a próxima fase da competição.
Foi isso que foi relatado pelo peão de Tacuru, Juarez Rodrigues de Souza, que há 19 anos, faz do rodeio, a sua profissão e a sua paixão. Ele já acumula mais de 10 títulos e já ganhou duas motos 0 KM.
Segundo Juarez, a melhor parte de sua profissão é chegar ao final dos oito segundos em cima do touro e ao sair, voltar com segurança para casa, em contrapartida, a pior parte são os grandes riscos.
“Se a gente cair, pode se machucar feio, mas sabemos os riscos de nossa profissão, porque diferente do que muitos pensam, nós não montamos por esporte, mas levamos a sério como qualquer profissão”, disse Juarez.
Preparação antes de montar
Segundo Juarez, antes de ir para o brete os peões precisam se alongar e se preparar para a batalha com o touro, que exige além de concentração, um excelente preparo físico.
“Nós precisamos estra sempre treinando, montando para chegar preparado para a montaria”, falou.
Na última quarta-feira (6), na abertura do rodeio em touros da 29ª Expobai, Juarez enfrentou o Cartomante, do Marcelo Azóia. Infelizmente, o touro se saiu melhor e derrubou o peão.
