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quinta-feira, 28 de março de 2024

Corumbá encerra o Carnaval com o romantismo das marchinhas e cordões

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13/02/2018 19h31

Carnaval Cultural também levará marchinhas, blocos de frevo, bonecões e alas das pastoras para a avenida, como forma de resgatar as antigas festas carnavalescas

Fonte: Silvio Andrade, de Corumbá/CG News

Depois de seis dias de muito samba no pé e recorde de público na avenida General Rondon, onde desfilaram as dez escolas de samba, blocos oficiais e de sujos, o Carnaval de Corumbá se rende aos tempos das marchinhas e ao romantismo representado pelas alas das pastoras, o corso (desfile de carros enfeitados) e a presença dos cordões. O Carnaval Cultural é uma proposta da prefeitura para resgatar as antigas festas carnavalescas que surgiram no início do século passado.

As manifestações que fecham o Carnaval na cidade surgiram em 1870 no Brasil, sendo marcadas pelos estandartes e roupas características. Nos últimos anos, a programação da folia pantaneira reservou o último dia de Carnaval para mostrar antigas manifestações que deram origem às celebrações atuais, primando pela originalidade dos blocos de palhaços, dos marinheiros e de frevo, alas, cordões e bonecões.

Corumbá realizou neste ano, por meio de parceria entre administração municipal, governo do Estado e outras instituições, um dos mais animados Carnavais dos últimos tempos, ajudando a manter a fama de ter a melhor festa do interior do Brasil.

Mais de 30 mil pessoas, em média, lotaram a Passarela do Samba todos os dias para assistir aos desfiles das escolas e blocos e ver os shows no palco da Praça Generoso Ponce. A prefeitura estima que o período movimentou R$ 12 milhões no comércio local.

Atrações

Nesta terça-feira (13) a programação começaria às às 12h com a última roda de samba no Porto Geral, com quatro horas de show da Banda Samba Bom. Às 17h, acontece o baile infantil com banda local na Praça da Independência, no Centro.

O desfile cultural, na avenida General Rondon, terá início às 19h, com a apresentação especial do grupo Comparsas Bolivianos. Em seguida, a Corte de Momo abre a passagem dos bonecões, que representam personalidades locais.

O desfile de corso, com a participação de carros antigos (incluindo fuscas) e enfeitados é uma das atrações da noite. Na sequencia, ao som de marchinhas, surgem as alas de pastoras e dos marinheiros, acompanhadas de banda de sopro. O bloco de frevo esquenta a avenida, mas o ritmo eletrizante logo é quebrado pelo “passeio” dos cordões (os foliões andam vagarosamente em filas, daí o nome), acompanhados por instrumentos de percussão.

O primeiro cordão a se apresentar na passarela do samba será o Paraíso dos Foliões, criado em 1933. Na sequência desfilam Cinelândia, criado em 1960; Flor de Corumbá, fundando em 1933; e, finalizando o desfile, o Cravo Vermelho, criado em 1944. A presença do bloco dos palhaços, com centenas de participantes, fecha a noite em grande estilo e alegria.

O Carnaval corumbaense finaliza com dois shows nacionais: a bateria da Gaviões da Fiel e o grupo Revelação.

Reforço – O corumbaense e o turista vivenciaram um dos Carnavais mais seguros este ano, A Polícia Militar reforçou o efetivo na cidade com 100 policiais enviados de Campo Grande, incluindo grupo de cavalaria, e a prefeitura contratou empresa privada com 160 seguranças, além da presença da Guarda Municipal, com 80 homens e mulheres.

“Sem dúvida, um dos Carnavais mais tranquilos, com pequenas ocorrências por embriaguez ou posse de entorpecentes”, informou o tenente César Freitas, da secretaria municipal de Segurança e Defesa Social.

Em nota, o Comando de Policiamento de Área 3 e do Comando do 6º Batalhão da Polícia Militar de Corumbá informaram que “a realização dos festejos de Carnaval ocorreram totalmente dentro da normalidade para um evento deste porte”. Sobre um homicídio ocorrido no circuito do samba, a PM esclareceu que o fato não comprometeu a segurança do evento. O que ocorreu foi um fato isolado, segundo a nota, “tratando-se de um acerto de contas”.

Escolas – O segundo e último dia de desfile das escolas de samba, na segunda-feira (12), superou a garoa fina que caiu na cidade e coroou o trabalho das agremiações, que proporcionaram um grande espetáculo na avenida. A decisão de manter as escolas em apenas um grupo, em igualdade de condições, estimulou as pequenas e esse critério deve perdurar em 2019, segundo o presidente da Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá), Zezinho Martinez.

A primeira escola a desfilar foi a Estação Primeira do Pantanal, que contou a história da bailarina corumbaense Ana Paula Honório apresentando um espetáculo de dança na avenida. A Marquês de Sapucaí reviveu os seus 30 anos de fundação exaltando figuras nacionais ligadas à folia.

A Vila Mamona, terceira a desfilar, passou por cima dos problemas técnicos em carros alegóricos e fez um desfile impecável. No mesmo nível, a Império do Morro entrou na disputa pelo título.

Bloco de palhaços é uma das atrações do Carnaval Cultural em Corumbá. (Foto: Silvio Andrade)

Bloco do frevo promete eletrizar a avenida. (Foto: Silvio Andrade)

Império do Morro agradou ao público e é uma das candidatas ao título. (Foto: Renê Carneiro)

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