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quinta-feira, 28 de março de 2024

Casamento previne doenças: entenda como a união mexe com o desempenho o do corpo

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19/04/2017 08h13

Fonte: Explore

“O casamento pode sim contribuir para que as pessoas tenham uma saúde melhor”, explica o psiquiatra Mario Louzã, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Isso porque os relacionamentos (ou a falta deles) podem ter grande influência na vida das pessoas. “Não é regra, mas, em geral, a vida de um casal acaba sendo mais regular em comparação com a de um solteiro”, aponta o médico. “O casamento tende a organizar melhor a vida. A troca constante de relações faz a vida ficar mais conturbada e isso pode trazer consequências”, diz.

Uma conjuntura satisfatória mexe com o funcionamento do corpo.

Quando algo dá prazer, o corpo libera mais dopamina ou endorfina, que são neurotransmissores ligados diretamente à recompensa, ao prazer. Com isso, há menos liberação de cortisol, o hormônio relacionado com o estresse, um dos fatores causadores de muitas doenças graves, como câncer e o AVC (Acidente Vascular Cerebral, popularmente chamado de derrame), por exemplo.

Entretanto, segundo Louzã, não basta só ser casado. A fase e o padrão da relação faz diferença, inclusive, porque “o casamento não é uma maravilha o tempo todo”. Um relacionamento bem constituído, a harmonia entre o casal, espelha sim a qualidade de vida dos envolvidos.

O que o casamento faz com o corpo

De acordo com um estudo sobre casamento da Universidade de Duke, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, feito com mais de 2 mil pessoas entre 1992 e 2010, o risco de sofrer um derrame pode ser 71% menor em quem possui um relacionamento estável. Isso porque parte das causas do AVC, como a pressão alta e o estresse, podem ser controladas, e fortemente influenciadas pelo estado civil.

Há ainda outros benefícios do casamento. Uma pesquisa, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, apontou que o casamento pode diminuir o estresse e aumentar a imunidade. Os testes foram feitos com a saliva de mais de 500 adultos entre 21 e 55 anos e mostraram que os níveis de cortisol são menores entre as pessoas casadas. Isso gera menos riscos de doenças cardíacas e protege o organismo contra outras doenças.

Mas é claro que nem tudo está no alcance do casamento. A idade, por exemplo, ou a predisposição genética são alguns fatores fora do rol. Os hormônios e os neurotransmissores mudam muito com o tempo. “E o grande desafio é justamente esse, lidar com essas centenas de variáveis”, explica o psiquiatra.

Ele lembra também que cada pessoa tem uma forma de encarar o relacionamento na própria vida. “Um casal, em geral, tende a fazer coisas juntos, tem projetos em comum, constroem uma relação de confiança, de tolerância. Esse bem estar mútuo, onde existe uma troca saudável, faz toda a diferença, ainda que tenha períodos de discussão”, completa Louzã.

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