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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Racismo no futebol está virando uma praga, afirma Dilma

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30/08/2014 15h13 – Atualizado em 30/08/2014 15h13

Fonte: Portal Brasil

A presidenta Dilma Rousseff lamentou o racismo sofrido pelo goleiro Aranha durante a partida entre Santos e Grêmio, realizada na última quinta-feira (28) em Porto Alegre pela Copa do Brasil.

O jogador foi chamado de macaco, entre outros insultos racistas, por parte da torcida do Grêmio. Uma torcedora chegou a ser filmada durante o incidente.

“O futebol é o esporte em que nossos atletas negros se afirmaram e deram orgulho a todo o Brasil. O racismo no futebol está virando uma praga. É necessário afirmar o esporte como valor que distingue os negros do nosso País como grandes atletas”, disse Dilma, na sexta-feira (29)

A presidenta lembrou também a proposta do governo brasileiro de uma Copa pela Paz e Contra o Racismo para a Copa 2014, que virou lema do Mundial e foi endossado pela Fifa e pela ONU.

Seppir

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) entrou em contato, nesta sexta-feira, com dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Santos para dialogar sobre medidas permanentes de prevenção ao racismo. Na ocasião, a ministra Luiza Bairros afirmou que o Brasil não pode tolerar o racismo.

“Diante do racismo, o jogo não pode continuar, assim como o Brasil não pode continuar a tolerar o racismo”, disse a ministra ao saber da agressão racista sofrida pelo goleiro Santos.

“Existe uma grande tolerância para práticas de racismo como essa que, aliás, já são esperadas, como revelou Aranha depois do jogo”, afirma a chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR. Segundo ela, tanto os árbitros, quanto os jogadores, a própria torcida e as instituições ligadas ao futebol, devem acionar mecanismos de reação dentro do campo, no momento em que ocorre o ato de violência racial, que reprimam e punam esse tipo de atitude.

A ministra ressalva que, no caso do jogo de quinta-feira, o juiz não registrou a ocorrência na súmula, incluindo o episódio somente depois, como adendo. “Há medidas recomendadas pela Fifa que ele poderia adotar imediatamente”, afirmou.

“A sociedade precisa ser mais assertiva nessas situações. Assim como os jogadores foram solidários recentemente, com os colegas de Cuiabá que manifestaram insatisfações com a falta de pagamento pelo time, podem também ser solidários com os parceiros atingidos pelo racismo”, completou.

Na sexta-feira, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou que o Grêmio vai ser denunciado por injúria racial contra o goleiro, devido à atitude de parte de seus torcedores. O clube pode ser multado em até R$ 100 mil. O caso também é investigado pela Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar os responsáveis pelo crime de injúria racista (pelo Código Penal) punido com penas de um a três anos de reclusão e multa.

O Grêmio divulgou nota em que repudia o que classificou como ato de racismo e afirma que busca identificar os torcedores que agrediram o goleiro santista. Caso as pessoas sejam sócias do clube, elas poderão ser suspensas e proibidas de frequentar o estádio.

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