24/11/2014 07h50 – Atualizado em 24/11/2014 07h50
Fonte: IFSC
Dia 24 de novembro, os tecnólogos comemoram o seu dia. São tecnólogos todos os profissionais que se graduaram em Cursos Superiores de Tecnologia. O Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) oferece atualmente 11 cursos desse tipo nos campi Florianópolis, Geraldo Werninghaus, Joinville e São José.
Para o presidente da Associação Catarinense dos Tecnólogos (ACT), Ernesto Berkenbrock, a data deve ser comemorada em função da alta empregabilidade dos tecnólogos no mercado de trabalho. “Os cursos superiores de tecnologia são desenvolvidos em sintonia com as reais necessidades do sistema produtivo, uma vez que para a criação de um curso é necessário comprovar a efetiva demanda por profissionais no mercado de trabalho”, destaca. De acordo com a ACT, a taxa de empregabilidade de tecnólogos chega a 90%.
Quem já passou por um curso de tecnologia, confirma esses dados. A tecnóloga Juliana Muller se formou em 2008 no curso superior de tecnologia em Radiologia do Campus Florianópolis do IF-SC e a inserção no mercado de trabalho foi imediata. “Antes da colação de grau já havia propostas de emprego em hospitais de Florianópolis”, conta.
Após alguns anos trabalhando em Florianópolis, Juliana foi aprovada num concurso público e hoje é professora efetiva do Instituto Federal da Bahia (IFBA) do mesmo curso em que se formou, “Minha formação foi o diferencial para esta inserção. Desde o estágio já se percebia as possibilidades e as diferenças nesta formação tão sólida e importante”, destaca.
Para Fábio Dias, formado em Mecatrônica Industrial no Campus Florianópolis em julho deste ano, os cursos superiores de tecnologia têm várias vantagens. “Além de ser um curso de menor carga horária, é um curso mais específico sobre a determinada área que se deseja atuar posteriormente”, afirma. Para o egresso do IF-SC, a formação tecnológica foi de grande valia. “Obtive uma visão mais crítica sobre as indústrias e máquinas e hoje sinto-me preparado para enfrentar o mercado de trabalho”, conta Fábio que foi contratado tão logo se formou e hoje ocupa um cargo de Planejamento e Controle da Produção da Cottonbaby.
Reconhecimento: Apesar dessa formação já existir no Brasil há 40 anos, o reconhecimento dos profissionais tecnólogos vem ocorrendo em ritmo lento. “A mudança cultural da sociedade é lenta e ainda estamos em um ponto onde o valor social do “diploma” da graduação tecnológica, comparado com o da graduação tradicional, tem para a sociedade um menor valor, dai a necessidade de desenvolvimento de trabalho voltado a conquista do reconhecimento das profissões da graduação tecnológica por parte da sociedade, do mercado de trabalho e das profissões tradicionais”, explica o presidente da ACT.
Felizmente, em muitas empresas, o preconceito não é sentido pelos profissionais tecnólogos. Cesar Prescher trabalha atualmente na Intelbras. Formado em Sistemas de Telecomunicações do Campus São José, o analista de suporte técnico em Telecomunicações destaca que na sua empresaria o tecnólogo é tratado como nível superior, sem distinção aos engenheiros, como – de acordo com ele – acontece em outras empresas. “Sei que existem outras empresas que também fazem o mesmo e, por isso, aconselho que as pessoas façam tecnólogo e não se preocupem com a discriminação porque ela é vencida pela oportunidade bem aproveitada”, afirma.
Cesar também já estava empregado antes de se formar. “Com certeza a formação no IF-SC e os conhecimentos repassados nas disciplinas foram determinantes para conseguir a vaga”, afirma. O analista decidiu apostar na carreira de tecnólogo por ser um curso de ensino superior em uma instituição conhecida pela qualidade de ensino.”Acredito que o tecnólogo forma especialistas em uma área focada, pronto para adentrar no mercado de trabalho ou continuar a carreira acadêmica mas sempre com um foco mais direto do que uma engenharia”, explica.
