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quinta-feira, 18 de abril de 2024

PMDB, um monstro sem cabeça

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19/12/2014 10h56 – Atualizado em 19/12/2014 10h56

Por Ney Magalhães, fundador do PFL, ex-secretário do PFL/MS e atualmente sem filiação partidária

Em 1964 com a instalação dos governos militares os Partidos Políticos então existentes foram extintos.
A grande maioria dos Congressistas, e que haviam pedido socorro ao Ministério da Guerra entregando o Governo para os Militares, criaram e se congregaram na ARENA – Aliança Renovadora Nacional. Seus membros passaram a ser chamados de Direitistas.

Como oposição nascia também um Movimento político partidário com a sigla inicial de MDB – Movimento Democrático Brasileiro, idealizado e organizado por seguidores de Getúlio Vargas PTB-Partido Trabalhista Brasileiro e por alguns simpatizantes do PSD – Partido Social Democrático cujo ultimo grande líder havia sido o Marechal Dutra, duas siglas que quase sempre se coligavam em busca do Poder. Uma minoria composta por lideranças e militantes do clandestino Partido Comunista, pivô da crise de março de 64, desde o inicio congregava o Movimento.

Com a chamada “abertura política” iniciada pelo Presidente Ernesto Geisel e consagrada pelo Presidente João Figueiredo, aconteceu a proliferação de inúmeras siglas partidárias, entre elas o PP-Partido Popular, considerado ultra – conservador ou ultra – direitista, pela sua composição Via Sarney e Cia.

Eis que este PP, caracterizado pela doutrina do “toma lá dá cá”, uma minoria de aproveitadores costumazes em receber “benesses” do poder, mais ou menos nos moldes do sistema hoje conhecido como “emenda parlamentar”, o principal fundamento do Mensalão, maquiavelicamente iludiram aqueles idealistas e lograram unir as tendências antagônicas. O MDB transformou-se então nesse monstrengo que hoje é o PMDB.

Misturando-se agua com óleo aconteceu o obvio. E o MDB autêntico foi se esvaziando e perdeu o comando do Partidão com a Direita nadando de braçada. Decorridos alguns mandatos um novo grupo de políticos menos conservadores, Aureliano Chaves/Marcos Maciel e outros, idealizaram a criação do PFL/Partido da Frente Liberal. E imaginem quem apareceu para compor na nova opção, ninguém menos que o Sarney. Aqui faço “mea culpa junto com o Senador Italivio Coelho/Deputado Federal Saulo Queiroz e Vereador Victor Eugenio, meus parceiros idealistas fundadores do PFL/MS”.

O PMDB vinha forte com a candidatura de Tancredo Neves, e como nem todo mundo é de ferro o novato PFL acertou uma negociata com o desafeto e apresentou Quem para vice ?… ele mesmo o Sarney!!! Porem como as regras daquelas eleições Indiretas não permitiam chapas com siglas diferentes, simplesmente rasgaram sua ficha de filiação do PFL e o dito cujo assinou para o PMDB. Sendo que a “diverticulite” do mineirinho condenou o Pais. E como consequência a esquerda festiva chegou ao Poder com o PMDB imediatamente aderindo, e dando governabilidade aos desmandos e barbaridades que assistimos nos últimos tempos.

E como o “malandro esperto não estrila” observamos hoje o capitulo recente do governador terminal do PMDB, que passando pelos quadros do PSDB retornou às origens com amor declarado à reeleição da Dilma.

Confirmando o titulo desta matéria comprova-se hoje que o PMDB não tem mais comando, nem lideranças expressivas. Nacionalmente são diversas facções, sendo que na Câmara Federal existe um PMDB e no Senado outro muito diferente, aparecendo outras tendências sem definição de futuro, pelo menos até a posse dos eleitos em 2014.

Ney Magalhães

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