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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Revoluções de março

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04/03/2015 22h35 – Atualizado em 04/03/2015 22h35

Por R. Ney Magalhães

Nos idos de Março de 1964, e na plenitude de meus 29 anos de idade, como “ervateiro” e empreiteiro de derrubada de matas na região do Guassuty às margens do Rio Amambay, casado e pai de três filhos pequenos, portanto já um cidadão com consciência de seus deveres acompanhei e participei dos movimentos políticos daqueles dias conturbados pela incapacidade administrativa do Presidente Jango- João Goulart e pela corrupção e roubalheira que assolava o Brasil, em uma situação idêntica a que vivemos hoje.

E a bem da verdade devo esclarecer que minha preferencia politica era o PTB de Getúlio Vargas, o mesmo partido que comandava os destinos do Brasil naquele Março de 1964 quando os sucessores de Vargas acenavam para o povo com as regalias do “socialismo”, modelo de governo incompatível com a educação e a cultura de um País recentemente liberto da escravatura e do Imperialismo, sendo emergente no Estado Novo.

Aproximando-se e copiando as ações de Cuba, a exemplo de hoje, e isolando-se das Nações Unidas o Brasil perdia comercio Exterior e deixava de crescer economicamente. A recessão começou a acontecer provocando a falta de alimentos nas prateleiras dos Mercados. Essa incapacidade gerencial com a flagrante corrupção praticada pelos governantes bem ao estilo dos dias atuais clamava por mudanças.

Faltou o arroz o feijão, as carnes e até o trigo do pãozinho para o café da manhã. As donas de casa enfrentavam longas filas nos Mercados muitas vezes sem conseguir adquirir os produtos básicos de consumo. Mesmo sem a TV e o Radio com a rapidez da comunicação moderna, mesmo sem o telefone celular e a Internet com seus instrumentos instantâneos de comunicação a população dos grandes centros urbanos se mobilizou e foi para as Ruas.

Por falta de comida aconteceu a Revolução de 1964… errônea e sistematicamente chamada de Revolução Militar, mais conhecida pelos meus contemporâneos como “Revolução das Panelas”.

Sim, revolução das panelas, pois foi pela falta de oferta de comida nos mercados que as passeatas ocorreram, com o consequente abandono do Governo pelo Presidente João Goulart e sua fuga para o Uruguay.

HOJE cinquenta anos depois, neste inicio de Março de 2015 inicia-se a “contagem regressiva” para a data que deve novamente “apear” todos os políticos de seus cargos executivos e legislativos da Republica. O Brasil precisa de Eleições Gerais SEM REELEIÇÃO.

O Povo quer mudanças e o fim da roubalheira institucionalizada.

Naquele distante Março de 1964 as “donas de casa” saíram em passeatas exibindo e batendo panelas vazias nas Ruas das principais cidades brasileiras. Em Belo Horizonte a esposa do Governador Magalhães Pinto liderou as mulheres, em São Paulo a líder foi Dona Leonor de Barros esposa do Governador Ademar, e no Rio de Janeiro o Governador Jornalista Carlos Lacerda comandou o Panelaço.

O Presidente e seus asseclas, com Fazendas no Uruguay já haviam arrumado suas camas por lá e migraram com medo da reação popular. Não se ouviu nenhum Tiro, o barulho maior foi o bater das panelas. Senadores e Deputados Federais, por medo da reação popular convidaram o Ministério da Guerra composto na época pelo Exercito, Marinha e Aeronáutica para comandar o processo de reorganização estrutural do Brasil e graças a Deus eles aceitaram. HOJE talvez o pedido seja feito pelo Povo.

Com a dinâmica da comunicação atual a extensão territorial foi minimizada, O Brasil todo está bem informado das veleidades e da corrupção que achacam uma população superior aos 200 milhões de habitantes, onde o transporte de pessoas e cargas por incompetência governamental é exclusivamente dependente apenas do setor rodoviário. A mobilidade urbana e o abastecimento estão em grave crise.

A verdade está clara e cristalina, o País foi dividido em “castas” e assim, quem trabalha e produz entrega seus lucros para administradores políticos imperialistas, travestidos de socialistas.

Clamando por mudanças, no Dia 15 de Março te encontro na Rua !!!.

O autor é Produtor Rural em Amambai e Reservista do ONZE de Cavalaria (dois itens que valorizam meu curriculum e que muito me orgulham).

Revoluções de março

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