28/03/2015 13h55 – Atualizado em 28/03/2015 13h55
Fonte: Rádio ONU
O Conselho de Segurança debate, esta sexta-feira, as vítimas de ataques e de abusos com base religiosa ou étnica no Oriente Médio. O secretário-geral abriu os discursos, voltando a ressaltar sua grave preocupação com os perigos enfrentados por minorias em vários países.
Ban Ki-moon lembrou dos “milhares de civis que estão à mercê do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil”.
Oposição
Segundo o secretário-geral, os combatentes “estão assassinando, de forma sistemática, minorias étnicas e religiosas ou qualquer pessoa que faça oposição à visão apocalíptica do grupo”.
Ban destaca que os ataques estão se espalhando pelo Oriente Médio, em países como Síria, Iraque, Líbia e Iêmen.
Plano
Mas o chefe da ONU voltou a ressaltar que “abusos no controle do terrorismo são moralmente errados e estrategicamente contraprodutivos”.
Ban pediu ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que “ultrapassem diferenças e encontrem novas maneiras de garantir a proteção dos civis”, citando o caso dos sírios.
Segundo ele, a ONU está desenvolvendo um “Plano de Ação sobre Prevenção do Extremismo Violento”, que será lançado em setembro. Ban Ki-moon também falou sobre a criação de um painel de especialistas em dinâmicas inter e intrasectárias, nos setores da religião, cultura e negócios.
Participou também do debate no Conselho de Segurança o secretário das Relações Exteriores de Angola.
Tolerância
Em Nova York, Manuel Domingos Augusto falou com a Rádio ONU:
“A mensagem principal é a necessidade da tolerância e da inclusão como base para que ninguém seja discriminado, que haja, de acordo com a comunidade internacional, ações práticas no sentido de proteger as minorias, sejam elas religiosas ou étnicas.”
Ao discursar no encontro, o secretário angolano lembrou que o Sudão do Sul e a República Centro-Africana são alguns dos países africanos onde as minorias étnicas e religiosas não recebem proteção adequada.
Para Manuel Domingos Augusto, “a ameaça imposta pelos extremistas radicais” precisa de uma resposta ideológica, com o uso de tecnologias da comunicação e da contenção da propaganda feita por esses grupos.