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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Através de telescópios, estudantes da UEMS monitoram qualidade do ar

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07/10/2015 07h46 – Atualizado em 07/10/2015 07h46

Através de telescópios, estudantes da UEMS monitoram qualidade do ar

Fonte: Assessoria UEMS

Acadêmicos do curso de Engenharia Física da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), de Dourados, desenvolveram um sistema de monitoramento da qualidade do ar utilizando telescópios. O objetivo é determinar a presença de elementos que podem causar problemas respiratórios, além de provocarem chuvas ácidas. Esses elementos, principalmente o dióxido de nitrogênio emitidos na atmosfera por veículos e indústrias, são extremamente tóxicos ao meio ambiente e a todos os seres vivos.

A inovação da pesquisa acontece com a utilização de um sistema composto por dois telescópios. Um deles é ligado a um emissor de luz (LED de alta potência) e o outro é ligado a um espectrômetro eletrônico que analisa a luz, a digitaliza e a transmite ao computador para processamento dos resultados.

De acordo com o coordenador e orientador da pesquisa o Paulo César de Souza, “trata-se de um sistema inédito e inovador no Brasil, principalmente por utilizar telescópios em um sistema de emissão e recepção de luz capaz de aferir os índices de dióxido de nitrogênio na atmosfera”.

A pesquisa, vinculada ao Grupo de Pesquisa em Física Aplicada e Engenharia (GPFAE/UEMS) também contou com as colaborações dos professores doutores Carlos Henrique Portezani (GPFAE/UEMS) e Edmilson de Souza (Grupo de Pesquisa da Qualidade do Ar/UEMS), e dos acadêmicos do Curso de Engenharia Física Lenine Ramos de Oliveira, Rodrigo Marques, Cássio Sawada, Warlley Batista de Deus, Renan Semensato Carloni e Oziel Pazian Machado.

O acadêmico Lenine Oliveira esclareceu que “o sistema identifica e quantifica certos gases, presentes no ar, através da interação com a luz, como se fosse por ‘impressões digitais’, e é muito versátil e compacto, permitindo a alocação física facilmente em diferentes lugares e, além de não ser um método invasivo, pode apresentar resultados em poucos minutos”.

Para o coordenador do curso, Daniel Cesar Braz, “o desenvolvimento de pesquisas, como essa, evidencia a capacidade dos alunos e professores do curso de Engenharia Física em transformar o conhecimento básico e aprofundado sobre as leis da natureza (Física), associado a conhecimentos técnicos de múltiplas engenharias, em tecnologias e inovação para o benefício da sociedade”.

O trabalho de pesquisa contou com o apoio da UEMS e do Programa de Formação de Recursos Humanos (PFRH) da Petrobrás, por meio de financiamento das Bolsas de Iniciação Cientifica aos acadêmicos vinculados ao projeto. O invento se encontra em fase de teste, o objetivo agora é torná-lo acessível aos órgãos governamentais e/ou empresas que queiram comercializar o sistema. “Sistemas semelhantes a esse precisam de certificação das agências governamentais – e isso não é nada fácil. Nos Estados Unidos poucos têm essa certificação e são muito caros, pois um sistema desse não sai por menos de US$100.000”, finalizou Paulo César de Souza.

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