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quarta-feira, 24 de abril de 2024

“Vida humana não pode se resumir a trabalhar e pagar contas”, diz Mujica

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18/11/2017 20h15

Jornada Continental pela Democracia contra Neoliberalismo, realizada em Montevidéu, reúne mais de 3 mil militantes

Fonte: Brasil de Fato

“A vida humana não pode se resumir a trabalhar, pagar contas e fazer dívidas, como propõe o capitalismo. Defender o tempo livre e a liberdade é uma questão de princípios”. A declaração do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica foi feita na quinta-feira (16) durante a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo.

O mandatário, que participou do painel “Seguimos em luta: desafios frente à onda conservadora e os ataques à democracia”, defendeu a construção de estratégias de luta baseada na solidariedade entre os povos e na sustentabilidade da vida, em contraposição ao modelo proposto pelo capitalismo.

O evento, que termina neste sábado (18), reúne cerca de 3 mil pessoas ligadas a movimentos populares das Américas na cidade de Montevidéu, capital uruguaia.

Também presente no painel, Karin Nansen, presidenta da organização Amigos da Terra, comentou a onda conservadora no continente, ao relembrar os golpes de Estado em Brasil, Paraguai, Honduras e Haiti, além dos ataques sofridos pelo governo do presidente Nicolás Maduro, na Venezuela. Ela ressaltou o papel exercido pelas transnacionais nesses processos.

“Essas empresas são participantes ativas dos golpes de Estado nos nossos continentes, pelo interesse na extração de recursos e é fundamental que formulemos estratégias conjuntas para resistir às transnacionais”, diz Nansen.

Ela também ressaltou o papel desempenhado pela imprensa latino-americana na consolidação desse cenário, ao destacar que “os grandes meios de comunicação, como ferramentas da direita internacional, buscam manipular nossos povos para alcançar seus interesses antipopulares.

Mobilização e paralisação

Nessa quinta-feira (16), participantes do evento se uniram a trabalhadores uruguaios que realizaram uma paralisação parcial em apoio à Jornada.

Durante a manifestação, os movimentos denunciaram o retrocesso dos direitos trabalhistas no Brasil, com a reforma trabalhista do presidente golpista, Michel Temer (PMDB), e na Argentina, com as reformas anunciadas pelo presidente Maurício Macri, do Partido Propuesta Republicana (PRO).

Histórico

A realização da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo é parte do processo de articulação iniciado em Cuba, em 2015, por ocasião dos dez anos da derrota do projeto de instauração da ALCA (Área do Livre-Comércio das Américas) no continente.

A jornada busca construir alternativas e estratégias para combater o neoliberalismo defender a democracia nos países latino-americanos e caribenhos.

Fazem parte da articulação diversos movimentos sindicais, organizações camponesas, indígenas, feministas, ambientalistas e anti-imperialistas.

*Com informações da Jornada Continental por la Democracia y contra el Neoliberalismo e Prensa Latina.

No primeiro dia da Jornada, movimentos denunciaram o retrocesso dos direitos trabalhistas no Brasil e na Argentina Foto:JornadaContinental

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