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sábado, 20 de abril de 2024

Crianças arriscam vida para fugir de violência e pobreza na América Central

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24/08/2016 11h27

Fonte: Rádio ONU

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mostrou que todos os meses, milhares de crianças arriscam suas vidas para fugir da violência de gangues e da pobreza na América Central.

O documento mostra a difícil jornada dos menores de idade pelos países da região até chegar aos Estados Unidos.

Risco

O Unicef diz que as crianças correm o risco de serem sequestradas, estupradas, traficadas ou mortas durante o percurso.

Segundo o relatório, nos primeiros seis meses de 2014, mais de 44,5 mil crianças desacompanhadas foram apreendidas na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Em comparação, esse número caiu para quase 18,5 mil em 2015 e subiu para 26 mil neste ano. Somente no primeiro semestre de 2016, 16 mil crianças de El Salvador, Guatemala e Honduras foram apreendidas no México.

Os dados do Unicef mostram ainda que as crianças desacompanhadas e que não têm um advogado presente nas audiências do serviço de imigração, são as que têm mais chances de serem deportadas.

Em recentes casos, 40% dos menores sem advogado receberam ordem de deportação comparado com apenas 3% das que tinham um representante legal.

Proteção

A agência da ONU afirmou que essas crianças vulneráveis, muitas viajando sem a presença de um adulto ou responsável, precisam de proteção por todo o caminho.

O vice-diretor-executivo do Unicef, Justin Forsyth, afirmou que “é de cortar o coração pensar nessas crianças realizando uma jornada perigosa em busca de segurança e de uma vida melhor”.

O relatório diz que milhares de crianças não chegam a alcançar a fronteira dos Estados Unidos com o México. Elas são apreendidas, sequestradas e até mesmo mortas durante a viagem.

Audiência

A agência da ONU explica que todo menor de idade apreendido no território americano tem garantido direito à audiência de imigração mas não de um advogado.

As crianças que viajam com os pais correm o risco de deportação imediata ou de meses em detenção. Já as que são deportadas, sofrem o risco de serem atacadas ou mortas pelas próprias gangues que elas estavam fugindo inicialmente.

O Unicef disse que a detenção de crianças com base na condição migratória deve ser evitada.

Milhares de crianças desacompanhadas arriscam suas vidas para fugir da violência de gangues e da pobreza na América Central. Foto: Unicef/Adriana Zehbrauskas

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