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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Mais de 300 mil refugiados cruzaram o Mediterrâneo este ano

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28/08/2015 09h37 – Atualizado em 28/08/2015 09h37

Acnur: mais de 300 mil refugiados cruzaram o Mediterrâneo este ano

Fonte: ABr

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, alertou esta sexta-feira que mais de 300 mil migrantes e refugiados atravessaram o mar Mediterrâneo neste ano.

De acordo com a agência, 200 mil pessoas desembarcaram na Grécia e cerca de 110 mil foram para a Itália. Em 2014, o número dos que fizeram a travessia foi de 219 mil.

Mortos

O Acnur diz que 2,5 mil refugiados e migrantes morreram ou desapareceram enquanto tentavam chegar à Europa este ano.

A informação não inclui o número ainda indeterminado de pessoas que perderam a vida, nesta quinta-feira, num naufrágio perto da costa da Líbia. No ano passado, cerca de 3,5 mil pessoas morreram ou desapareceram no mar Mediterrâneo.

Em duas operações de resgate, a Guarda Costeira da Líbia interceptou dois barcos que transportam cerca de 500 passageiros próximo da cidade portuária de Zwara.

As autoridades calculam que 200 pessoas ainda estejam desaparecidas. Vários corpos foram recuperados, numa operação apoiada pelo Crescente Vermelho da Líbia.

Dinheiro

Na quarta-feira, as equipes de socorro encontraram os corpos de 51 pessoas que morreram asfixiadas no porão de um barco perto do litoral da Líbia. Os sobreviventes contaram que os contrabandistas estavam exigindo dinheiro para deixar que as pessoas saíssem do compartimento para respirar.

Há pouco mais de 10 dias, 49 pessoas também perderam a vida no porão de outro barco provavelmente por terem inalado gases venenosos.

Na mesma época, 18 pessoas morreram num barco de borracha que virou quando transportava cerca de 145 refugiados e migrantes. A maioria dos sobreviventes está em estado crítico.

Violência e Conflito

Para o Acnur, a rota pelo Mediterrâneo continua sendo a mais fatal para os refugiados e migrantes, apesar dos esforços concentrados da operação Frontex. A ação europeia de busca e resgate “salvou dezenas de milhares de vidas” este ano.

Países afetados pela violência e conflito como a Síria, o Iraque e o Afeganistão são os locais de origem de grande parte dos que chegam por mar ao sul da Europa, particularmente na Grécia.

A agência pediu respostas abrangentes, com humanismo e de acordo com as obrigações internacionais. O Acnur lembrou que essas pessoas precisam de proteção internacional e, muitas vezes, estão física e psicologicamente exaustas e traumatizadas.

Foto: OIM/Francesco Malavolta

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