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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Moçambique perde mais de 10% do seu PIB devido à subnutrição

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16/04/2018 09h11

Perda representa US$ 1,6 bilhão todos os anos; novo estudo analisa quais são as soluções mais eficazes a nível de custo; abordagens devem ser multi-setoriais e ter como base as condições locais.

Fonte: ONU News

Todos os anos, Moçambique perde 10,9% do seu Produto Interno Bruto, PIB, devido à subnutrição. Este valor representa uma perda anual de US$ 1,6 bilhão, segundo um novo estudo que indica as soluções mais eficazes a nível de custo para este problema.

A análise do Programa Mundial de Alimentos, PMA, e do Secretariado Técnico para Segurança Alimentar e Nutricional, Setsan, foi lançada esta semana.

Opções

Segundo uma nota do PMA, a pesquisa “testa a eficácia de diferentes intervenções, com o objetivo de tornar dietas nutritivas mais disponíveis e mais acessíveis para as famílias de Moçambique.”

Na apresentação do estudo, a representante e diretora do PMA para o país, Karin Manente, afirmou que a agência da ONU “está comprometida em eliminar a subnutrição em Moçambique.”

Manente disse que “este não é apenas mais um estudo” e explicou uma das opções apontadas. Segundo a pesquisa, “é preciso continuar a fortalecer políticas e programas multi-setoriais que têm como base as condições locais.”

Insegurança alimentar

Segundo dados da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, entre 500 mil a pouco menos de 1 milhão de moçambicanos vão precisar de auxílio alimentar de emergência este ano.

No país, 3,1 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar devido a fatores como seca, ciclones e aumento dos preços alimentares.

A diretora de políticas e planeamento do Setsan, Claudia Lopes, disse que “os níveis de subnutrição crónica são muito altos em Moçambique.” Segundo ela, no entanto, “esta análise considera as falhas centrais e as opções de custo para as resolver.”

Concluído o estudo, Claudia Lopes explicou que “agora é preciso mobilizar recursos para procurar as ações mais eficientes a nível de custo, priorizando as populações mais vulneráveis.”

O relatório vai ser promovido em todas províncias do país, para promover as soluções que reduzem a subnutrição crónica.

O documento contou ainda com a colaboração do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e do Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas de Alimentação, Ifpri.

Apresentação: Alexandre Soares

No país, 3,1 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar.

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