04/10/2015 15h05 – Atualizado em 04/10/2015 15h05
Fonte: Rádio ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque aéreo a um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras, MSF, em Kunduz, cidade no norte do Afeganistão.
Ban Ki-moon afirmou que hospitais e pessoal médico são “explícitamente” protegidos pela lei humanitária internacional. Ele pediu uma investigação completa e imparcial para se descobrir os responsáveis.
Crime de Guerra
Em comunicado, o chefe da ONU disse que a organização está operando o único hospital em Kunduz em condições muito difíceis.
Em Genebra, o chefe do escritório de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein disse que deve haver uma investigação rápida, completa e transparente sobre os ataques aéreos que atingiram a clínica.
Zeid declarou que se a ação for considerada deliberada de acordo com a lei, “um ataque a um hospital pode ser considerado um crime de guerra”.
Segundo ele, o incidente “é profundamente trágico, indesculpável e, possivelmente, até mesmo criminoso”.
Aviões Americanos
O escritório do Alto Comissariado da ONU de Direitos Humanos informou que um porta-voz dos Estados Unidos disse que aviões americanos estavam realizando ataques no mesmo horário em que a clínica do MSF foi atingida.
O representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão, Nicholas Haysom, afirmou que hospitais com pacientes e pessoal médico não devem ser alvos de ataques.
Ele pediu a todos os lados do conflito afegão que respeitem e protejam o pessoal médico e humanitário e suas instalações.