15/09/2014 16h01 – Atualizado em 15/09/2014 16h01
Fonte: Rádio ONU
Um grupo de especialistas independentes de Direitos Humanos da ONU alertou para o aumento de desaparecimentos forçados no mundo inteiro. Entre os pretextos, estão a preservação da segurança nacional, o combate ao terrorismo e ao crime organizado.
Segundo o chefe do grupo de trabalho, Ariel Dulitzky, foram registrados até agora 43 mil casos ainda não resolvidos em 88 países.
Violação
Em Genebra, Dulitzky declarou que “crimes de desaparecimentos forçados violam a lei internacional de direitos humanos e minam o Estado de Direito em qualquer país onde ocorrem”.
Num relatório ao Conselho de Direitos Humanos, o grupo de trabalho lembrou às nações que nenhuma circunstância pode justificar os desaparecimentos, nem mesmo guerras, instabilidade política ou emergências públicas.
Principais Países
A equipe classificou de preocupante os níveis de casos na Coreia do Norte, na Síria, na República Centro-Africana, no Sudão do Sul e na Ucrânia. Os especialistas da ONU continuam recebendo relatos de ameaças, intimidações e represálias contra vítimas, familiares e testemunhas.
Desde novembro de 2012, o grupo liderado por Ariel Dulitzky foi notificado sobre 418 pessoas desaparecidas. Ele pede aos governos que reforcem medidas de prevenção e erradicação dos desaparecimentos forçados e lembrou que muitos casos ocorridos décadas atrás continuam sem solução.
O grupo de trabalho tem o mandato de assistir às famílias dos desaparecidos, ajudar a determinar o paradeiro das vítimas e checar se os países estão cumprindo suas obrigações para proteger seus cidadãos desse crime.
