22/07/2017 15h07
Agência revela que mais de 99% dos pacientes suspeitos sobrevivem quando têm acesso aos serviços de saúde; criancas e idosos registam maior número de infeções e mortes.
Fonte: Rádio Onu
A Organização Mundial da Saúde, OMS, destaca que no “maior surto de cólera do mundo” já foram registrados 368.207 casos suspeitos e 1.828 mortos desde 27 de abril passado.
Serviços
A prioridade da agência é estender a resposta que “está funcionando” num momento em que sobrevivem mais de 99% dos pacientes suspeitos de cólera quando têm acesso aos serviços de saúde.
A agência trabalha com parceiros de saúde para encontrar recursos e tem como prioridade as intervenções que podem tratar os afetados pelo surto de forma eficaz e reduzir o alastramento da doença.
As atividades da OMS incluem melhorar o acesso à água potável e ao saneamento, criar centros de tratamento, capacitar profissionais de saúde, reforçar a vigilância e atuar com as comunidades na prevenção.
Tratamento
Outra área que merece atenção é a criação de centros para que a maior parte dos pacientes recebam terapia de reidratação oral e tratamento da doença que afeta aos mais vulneráveis.
Cerca de 41% dos pacientes suspeitos são crianças menores de 15 anos. Um terço das mortes ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
Desnutrição
A outra necessidade é quebrar o que a OMS chama de “círculo vicioso de desnutrição e diarreia” no país, onde 17 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar. A “desnutrição piora a diarreia e a diarreia leva à desnutrição”, destaca a agência.
Em comunicado separado, o Escritório dos Direitos Humanos revela ter registado 13.609 vítimas civis do conflito, que incluem 5.021 mortos e 8.588 feridos em vários incidentes.
O escritório alerta que o número total “pode ser muito maior”, e cita estimativas sugerindo mais de 11 mil mortos desde o início dos confrontos há mais de dois anos.