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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Amambaiense quase cai em golpe do carro quebrado

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21/08/2013 15h05 – Atualizado em 21/08/2013 15h05

Fonte: Rodrigo Costa de Souza / Da Redação

Amambai (MS) – Nesta última terça-feira (20), por volta das 18h08 o amambaiense R.C. recebeu uma ligação com DDD 066 e a pessoa do outro lado da linha se identificou como “um primo que você não vê há muito tempo”. O amambaiense, sem ao menos fazer ideia de quem estava falando, perguntou “que primo?” e o rapaz pediu “chuta quem você acha que é”. A vítima então respondeu o nome de um parente e o estelionatário confirmou.

O estelionatário dizia estar vindo visitar o amambaiense, que chegaria para o almoço e que também estaria fazendo uma surpresa para sua tia, que não poderia saber de sua chegada. A vítima estranhou a voz do outro, dizendo “sua voz esta diferente” e do outro lado da linha o autor do delito respondeu “é por conta de um resfriado”.

Na manhã desta quarta-feira (21), às 7h08, o aparelho celular de R.C. tocou e o suposto primo que estava para chegar diz que o automóvel em que ele vinha com um suposto amigo havia quebrado, que eles não chegariam para o almoço e que era para R.C. ficar próximo ao aparelho celular, pois talvez ele precisasse de ajuda para consertar o carro e ainda perguntou se R.C. não conhecia uma mecânica de confiança em Amambai se precisasse de um guincho.

Às 7h42, o aparelho torna a tocar e desta vez o estelionatário diz que o mecânico precisaria trocar a peça do carro, que haveriam de buscar em uma cidade próxima, a 80 quilômetros da cidade crepúsculo, e que ele precisava de um depósito de R$ 250,00 em uma conta bancária que pertencia ao nome “Ivete”, pessoa desconhecida. A vítima concorda em depositar o valor de R$ 100,00 e o suposto primo tem um diálogo com o mecânico que concorda com o valor.

Na hora de desligar, a vítima ouve um “foi fácil” do outro lado da linha.

Foi quando R.C. ligou os pontos e, observando a situação, percebeu que tudo não passava de um possível golpe. R.C telefonou para sua tia e contou o que estava acontecendo e perguntou o DDD do estado de Santa Catarina, descobrindo que tudo não passava de mais um golpe, pois o DDD 066 é referente ao estado de Mato Grosso e não de Santa Catarina, estado de seu primo.

Logo depois de tiradas as dúvidas, a vítima desligou seu celular e não atendeu as chamadas do suposto primo. “Foi por Deus que não cai nesta cilada”, afirma ele.

A vítima entrou em contato com o 190 que informou que deve se tomar cuidado e não atender telefonemas de DDD desconhecido. O policial ainda concluiu dizendo que foi por pouco que R.C. não caiu no golpe e que é para a vitima se tranquilizar, pois não é possível o estelionatário clonar os dados do telefone, pois as operadoras não permitem.

Golpes famosos

A Delegacia de Estelionato classificou os dez golpes mais aplicados por estelionatários na praça, com registros de ocorrências na Polícia Civil. São eles:

Carro quebrado ou “Bença Tia”

Esse é um golpe muito cometido por detentos de presídios do Brasil. O criminoso liga para números aleatórios e quando alguém atende diz “bença tia (o)”. O suspeito se passa por parente da vítima, geralmente sobrinho, e diz que está com o carro quebrado na estrada e que precisa de dinheiro para o guincho ou para pagar o mecânico. A vítima acreditando que o parente está com dificuldades realiza o depósito. Em outra versão do golpe, o estelionatário pode pedir crédito de celular, supostamente para manter contato com a seguradora e com familiares.

Envelope Vazio

O estelionatário realiza a compra dos bens e faz o depósito em um envelope sem o dinheiro. Ao apresentar o comprovante de pagamento, a vítima entrega a mercadoria, descobrindo mais tarde que sofreu um golpe.

Gincana de programas de TV

Neste golpe, o criminoso envia uma mensagem de texto dizendo que a pessoa acabou de ganhar, um carro, uma casa ou algum eletrodoméstico e que para receber o bem, basta seguir as instruções contidas na mensagem. Quando a vítima compra o crédito de celular, o golpista oferece novos prêmios em troca de mais créditos.

Falso sequestro

Esse golpe é tratado como extorsão e não estelionato. O autor do golpe liga aleatoriamente para telefones de vítimas e diz que está com o filho/a e exige dinheiro para o resgate. Com ameaças de morte e aproveitando a situação de nervosismo, os golpistas acabam convencendo a vítima de que realmente está com alguém de sua família. O delegado explicou que na execução deste golpe, diferente do golpe do “carro quebrado”, o estelionatário procura manter o contato com a vítima todo o momento, não deixando que ela desligue o telefone, para que não entre em contato com o filho/a. “Por ser um parente mais próximo fica mais fácil da vítima tentar cruzar as informações e descobrir que está sendo vítima de um golpe”, explicou o delegado.

Facilitador de programas de casas habitacionais do governo

O golpista pede uma quantia em dinheiro para que a pessoa passe na frente de outras no recebimento de casas de programas habitacionais. Após receber o dinheiro, o estelionatário some sem dar satisfação a vitima. Os interessados em adquirir casas de programas do governo devem ter a consciência de que existe uma ordem no sistema que deve ser seguida e qualquer forma de facilitação ou proposta de burlar o sistema, provavelmente é um forte indício de golpe.

Compra e venda de objetos em sites particulares da internet

Os golpes podem ser aplicados tanto pelo vendedor como pelo comprador funcionando da seguinte maneira:

Golpe do comprador: O golpista faz a compra do produto anunciado pela vítima no site e não efetua o pagamento, mas envia um comprovante falso em nome do gerenciador do site, confirmando que o produto foi pago. Entre outros comprovantes falsos, o golpista pode enviar ainda a validade do seu cadastro no site e a indicação de cliente confiável. Em seguida, o falso comprador envia um e-mail para a vítima, falando que precisa do produto com urgência e que ele deve ser enviado ainda no mesmo dia. Alguns fatores podem auxiliar a identificar este golpe como o layout dos e-mails enviados, que apesar de parecidos apresenta diferenças, como logomarca do site, cores padrão, tipografia e linguagem utilizada; o destino da mercadoria geralmente é uma cidade pequena, pouco conhecida, urgência na entrega do produto por motivo estranho.

Golpe do vendedor: A vítima compra um produto anunciado no site, efetua o pagamento, mas não recebe o produto ou recebe um produto com características diferentes do que comprou.

Bilhete premiado

Um dos golpes mais antigos aplicados que apresenta duas versões. Para simular um bilhete premiado, o estelionatário pega o número já sorteado da loteria e faz um jogo, conseguindo um comprovante, porém de um sorteio que ainda vai acontecer. Na primeira versão do golpe, o criminoso aborda uma pessoa na casa lotérica e diz que está com o bilhete premiado e pede para a vítima, olhar, anotar os números e conferir se realmente são os números sorteados. Em seguida, o golpista pede um valor pelo bilhete premiado, uma vez que não pode retirar o prêmio por ter restrições com a Polícia. A vítima acreditando que vai levar vantagem saca a quantia em dinheiro e entrega ao estelionatário em troca do bilhete falso. Na segunda versão, duas ou três pessoas abordam a vítima e pedem para ela segurarem os seus pertences enquanto vão conferir se o bilhete está premiado. Quando a pessoa volta pergunta para vítima se ela não quer conferir também. A vítima é induzida a deixar seus objetos pessoais com os estelionatários, que desaparecem. Para não cair nesse golpe, as vítimas devem evitar dar continuidade na conversa quando pessoas estranhas aparecerem falando que estão com um bilhete premiado.

Pecúlio

A vítima recebe uma carta de uma vara cível de São Paulo, contendo informações pessoais e com a notícia que tem um valor alto a receber, a título de pecúlio. A vítima é orientada a entrar em contato através de um número de telefone, pelo qual o estelionatário conduz o golpe.

Pacote de dinheiro

Os estelionatários observam a futura vítima sacando elevada quantia em dinheiro em um banco e a seguem. Um deles deixa propositadamente cair uma folha de cheque de alto valor ou um pacote de dinheiro falso, visando chamar a atenção da vítima. Um segundo estelionatário, se aproxima e diz que também viu o acontecido e convence a vítima de que os dois juntos devem devolver o dinheiro. Neste momento, o estelionatário “descuidado” se diz agradecido e oferece uma recompensa à vítima e ao comparsa, dizendo que eles deverão comparecer a um escritório, para receber a dita recompensa. O golpista vai receber a suposta recompensa e volta com uma boa quantia em dinheiro, despertando o interesse da vítima. Na sua vez de receber a recompensa, a vítima é orientada a deixar a sua bolsa e seus objetos pessoais, somente percebendo que foi vítima de um golpe quando os estelionatários já desapareceram. Mais uma vez, procurar não confiar em pessoas estranhas é a melhor maneira de evitar o golpe.

Vendas de sobras de produtos de programas do governo

O estelionatário oferece produtos, geralmente materiais de construção, a preço muito inferior ao de mercado, alegando que são sobras de programas habitacionais do governo. A vítima paga por um pacote de mercadorias que nunca recebe.

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