11/02/2016 20h23 – Atualizado em 12/02/2016 11h03
A redução de recursos e a indisposição da mesa diretora em dialogar com os demais membros enfraquecem o poder legislativo
Fonte: Da Redação
Amambai (MS) – As duas primeiras sessões do ano realizadas pela Câmara de Vereadores de Amambai demonstram a falta de sintonia entre os membros do poder legislativo.
O enxugamento dos recursos do poder legislativo, na casa de R$ 1 milhão, para a atual gestão, e as medidas de contenção promovidas pelo atual presidente, vereador Anilson Prego (PSB), incluindo o corte de diárias e ajuda de custo para cada edil, têm sido motivos de revolta entre os membros do poder.
Os vereadores que compõem a base do executivo no legislativo e ocupam a maioria das cadeiras na câmara, alegam que a presidência da mesa não tem procurado dialogar com o grupo e que medidas unilaterais têm sido tomadas pela presidência. Nos bastidores, alertam que a possibilidade de afastamento do atual presidente não está descartada.
Na sessão desta quinta-feira (11), o vereador David Nicoline (SDD), renunciou a vice-presidência da mesa diretora, alegando desconformidade com medidas adotas pela presidência
Por outro lado, o vereador Anilson Prego afirma que a medida adotada, através de projeto de lei, reduzindo o duodécimo de 7 para 5%, tem como objetivos inviabilizar a sua gestão, enfraquecer o poder legislativo e que as medidas de contenção adotadas são necessárias devido a redução dos recursos.
Insatisfação
O que se observa é o descontentamento da maioria, ainda mais em ano eleitoral. O corte de recursos afeta a todos, haja vista, que o montante destinado para cada gabinete, cerca de R$ 3 mil, era usado na contratação de assessores, divulgação de matérias na mídia e na locomoção dos vereadores para outras cidades, como Campo Grande e Brasília, garantida através de diárias.
A situação não é boa. Além de tirar autonomia do poder constituído ela prejudica setores da comunidade que mantêm relação de prestação de serviços junto a Câmara de Vereadores.