14.5 C
Dourados
quinta-feira, 18 de abril de 2024

Confusão marca acareação durante CPI do Cimi

- Publicidade -

01/12/2015 22h51 – Atualizado em 01/12/2015 22h51

Durante acareação, Pauletti volta atrás em depoimento sobre atuação do Cimi

Fonte: Assessoria de Imprensa CPI do Cimi / Aprosoja MS

Após 15 oitivas a CPI do Cimi – Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga se o Conselho Indigenista Missionário tem participação nas invasões de terras em Mato Grosso do Sul, realizou a primeira acareação do processo na tarde desta terça-feira (1°) na Assembleia Legislativa.

Participaram o ex-assessor jurídico do Cimi, advogado Maucir Pauletti e o delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, André Matsushita. A acareação foi solicitada via ofício pelo próprio Matsushita, que alegou desconhecer os fatos citados por Pauletti na última oitiva, ocorrida em 24 de novembro.

O delegado ponderou ainda que conhecia o advogado Pauletti por conta de trabalhos acadêmicos, mas que em hipótese alguma revelaria informações das investigações. “Pauletti queria demonstrar uma influência que ele não tinha”, destacou Matsushita.

Durante a acareação, Pauletti voltou atrás em seu testemunho e se desculpou junto ao delegado pelas alegações de seu depoimento na última semana. O ex-assessor jurídico do Cimi declarou aos parlamentares que essa reunião aconteceu há muito tempo e que poderia ter feito as declarações para demonstrar algum tipo de força.

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), presidente da CPI, lembrou a Pauletti que ele deve ser convocado novamente por conta da disparidade dos depoimentos. A presidente da comissão pediu que o nome de Matsushita fosse retirado dos autos.

Sobre o depoimento

Na oitiva do dia 24 de novembro, Pauletti requereu a retirada de seu nome como depoente, pois, alegou que no processo foi colocado como acusado. Ele solicitou que seu advogado acompanhasse suas declarações. Um vídeo sobre o Cimi que o advogado teria apresentado em uma aula aos acadêmicos da UCDN – Universidade Católica Dom Bosco sobre a atuação do Cimi foi apresentado durante a oitiva e quando questionado sobre o teor, Pauletti se limitou a responder que não tinha acesso à circulação financeira da instituição, informou ainda que o Cimi doava cestas básicas aos índios conforme demanda e que não sabia como era o procedimento para que esses alimentos chegassem aos indígenas. Quanto a gravação, o advogado relatou que a “igreja trabalha nos bastidores, de forma desumana”, mas que desconhecia a gravação e que o assunto nada tinha com sua saída do Cimi.

A CPI do Cimi é composta ainda pelo vice-presidente, deputado Marquinhos Trad (PMDB); e o relator, Paulo Corrêa (PR). São membros da comissão os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT).

Confusão marca acareação durante CPI do Cimi

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-