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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Corte em desoneração pode ser tiro no pé, diz Altman

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28/02/2015 09h38 – Atualizado em 28/02/2015 09h38

O fim das desonerações, anunciado nesta sexta (27), pelo governo federal, pode ter resultado negativo sobre a economia, avalia o jornalista Breno Altman, em análise publicada em seu blog no 247 em parceria com o Opera Mundi; “O risco é que o repasse de custos para preços se conjugue com corte de despesas e investimentos, sob o manto sagrado de preservação da lucratividade do capital”, diz ele, que prevê “perigo real e imediato da medida ter caráter recessivo e até inflacionário”, além da possibilidade de “saltos” no desemprego, minando uma das bandeiras da presidente Dilma Rousseff

Fonte: Brasil247

O fim das desonerações, anunciado nesta sexta-feira (27), pelo governo federal, elevando assim os tributos das empresas pode ser um tiro no pé, avalia o jornalista Breno Altman, em análise publicada em seu blog no 247 em parceria com o Opera Mundi. “Muitos dos que estavam acabrunhados com um ajuste que penalizava apenas os trabalhadores, agora estão contentes. Finalmente aparece um encaminhamento que onera o capital. Mas é preciso colocar as barbas de molho. Aumentar tributos de empresas quando a economia bordeja a recessão pode ser tiro no pé. O risco é que o repasse de custos para preços se conjugue com corte de despesas e investimentos, sob o manto sagrado de preservação da lucratividade do capital”, diz ele.

Altman prevê “perigo real e imediato da medida recentemente estabelecida ter caráter recessivo e até inflacionário”, além de citar a possibilidade de “saltos” nos índices de desemprego. “Afinal, as empresas mais afetadas serão aquelas com uso extensivo de mão de obra e que, exatamente por essa razão, foram atendidas pela desoneração da folha salarial”, explica.

O jornalista ainda contesta crítica feita pelo ministro Joaquim Levy às desonerações. “Há outros caminhos para a recuperação fiscal, diferentes dos implementados por um ministro da Fazenda que debocha da desoneração de encargos salariais como “brincadeira cara” e parece enxergar a economia como o reino dos fluxos financeiros. Tributos que incidissem diretamente sobre fortunas pessoais, consumo de luxo e a renda financeira, além de promover justiça social e aliviar as arcas estatais, poderiam ser mais virtuosos para tirar a economia do chão”, sugere.

Neste contexto, o colunista diz que “não iremos longe com uma política econômica que, na largada, espeta a conta nos trabalhadores e, logo em seguida, aperta o capital produtivo”.

Segundo Altman , corte pode ter sido um tiro no próprio pé / Foto: Divulgação

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