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quinta-feira, 28 de março de 2024

Estatais disparam na Bolsa em efeito pró-Marina

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01/09/2014 14h46 – Atualizado em 01/09/2014 14h46

Estatais disparam na Bolsa em efeito pró-Marina

Fonte: Brasil 24/7

Reclamar do dia a dia da economia faz parte de qualquer democracia, especialmente quando há retração no PIB, como a verificada no segundo trimestre, de 0,6%, de acordo com o IBGE. Mas anotar resultados em série histórica dos grandes setores produtivos também precisa fazer parte das análises mais profundas. Neste sentido, a consultoria Economatica elaborou um estudo sobre a evolução mensal do valor de mercado das companhias brasileiras abertas – e apurou que elas nunca valeram tanto como agora.

Perfazendo R$ 2,59 trilhões, o valor de mercado somado das empresas nacionais listadas na Bolsa de Valores de São Paulo nunca esteve tão alto desde dezembro de 2002. O cálculo considera um número de empresas variável no tempo por que foi elaborado com todas as companhias presentes em cada data analisada.

O resultado mostra que os empresários, que têm feito coro contra a política econômica, podem se arrepender de uma mudança brusca no rumo traçado no governo da presidente Dilma Rousseff e executado pelo ministro Guido Mantega.

Nesta segunda-feira, reafirmando a aposta contra o governo, o Ibovespa subia 0,88%, às 14h29, com disparada dos papeis do Banco do Brasil (+3,4%), Petrobras (+4%) e Eletrobras (+7%). A alta seria uma reação dos investidores à subida nas pesquisas da candidata do PSB, Marina Silva, na pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira 1. O paradoxo está no fato de Marina já ter se comprometido em esfriar a exploração do pré-sal, pela Petrobras, o que, segundo os técnicos da companhia, tem tudo para prejudicar o crescimento da estatal. O que está importando para o mercado, ao que se vê, é mais a política, neste momento, do que a própria situação das empresas.

Abaixo, texto do portal Infomoney, parceiro do 247, sobre o dia na Bolsa e tabela e análise elaborados pela Economatica sobre o recorde em valor de mercado das companhias dos mais diferentes setores da economia:

Eletrobras dispara 7% com “euforia” do Datafolha; Petrobras e Bancos sobem forte

Por Leonardo Silva

SÃO PAULO – Em meio à uma segunda-feira agitada pelo noticiário corporativo e com a repercussão do Datafolha, o destaque desta sessão fica com as ações que repercutem o “efeito Marina”, após a disparada da candidata nas pesquisas. Entre elas, vale mencionar a forte alta nos papéis das estatais – Petrobras (PETR3;PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) e Banco do Brasil (BBAS3)-, e os papéis das empresas do setor sucroalcooleiro.

Além delas, mas ainda dentro do novo cenário político, destaque para as ações que não pararam de subir desde o dia 14 de agosto. Do lado de baixo do Ibovespa, destaque para as ações da Souza Cruz, que lideram as perdas nesta sessão, e caem pelo 4º pregão consecutivo, acumulando perdas de 5,10%.

Além do “driver” político, as ações da Tim (TIMP3) e a série de recomendações do BTG Pactual chamam a atenção dos investidores. No caso da empresa de telecomunicações, os papéis reagem com leve alta após a Telecom Itália afirmar que cconsiderar todas as opções para reforçar a sua unidade brasileira, enquanto BB Seguridade (BBSE3) e Mills (MILS3) reagem ao relatório do banco.

Rali eleitoral

O mercado mostra forte euforia hoje após pesquisa Datafolha mostrar disparada de Marina Silva (PSB) na corrida à presidência. As estatais, que vêm sendo as protagonistas desse “rali eleitoral”, acentuam os ganhos a cada minuto de negociação e roubam a cena nesta sessão, sendo elas: Petrobras (PETR3, R$ 23,01, +3,93%; PETR4, R$ 24,34, +4,24%), Eletrobras (ELET3, R$ 8,76, +7,48%; ELET6, R$ 12,76, +3,32%) e Banco da Brasil (BBAS3, R$ 35,84, +3,40%).

Toda essa euforia deve-se a pesquisa eleitoral Datafolha, que mostrou Marina Silva (PSB) 13 pontos percentuais acima da última pesquisa do instituto, realizada em 18 de agosto, e agora com 34% das intenções de voto, empatada com o mesmo percentual de Dilma Rousseff (PT). Enquanto isso, o candidato do PSDB, Aécio Neves, apresentou forte queda, indo dos 20% do dia 18 para atuais 15%.

Além disso, o BTG disse que o papel ordinário da Petrobras poderia chegar a R$ 30,00 em caso de vitória de Marina Silva à presidência. Na última sexta-feira, as ações ONs da estatal fecharam a R$ 22,14. (Para ver mais informações sobre a recomendação, clique aqui).

Os bancos, que junto com as estatais foram as empresas que mais repercutiram o “rali eleitoral”, também sobem nesta sessão. Destaque para as ações do Itaú (ITUB4, R$ 40,64, +0,73%) – e sua controladora Itaúsa (ITSA4, R$ 10,98, +0,87%) -, Bradesco (BBDC3, R$ 40,68, +1,65%; BBDC4, R$ 41,30, +1,13%) e Santander (SANB11, R$ 15,67, +1,36%).

Em um possível segundo turno, Marina Silva seria eleita presidente com 50% dos votos, contra 40% de Dilma Rousseff, uma ampla vantagem de 10 pontos percentuais. Caso a disputa seja entre Dilma e Aécio Neves, a candidata petista venceria por 48% contra 40%.
Ações do “kit Marina” Unindo-se às estatais e aos bancos, as ações do setor sucroalcooleiro aparecem como novas protagonistas do rali eleitoral: Cosan (CSAN3, R$ 47,60, -1,08%), São Martinho (SMTO3, R$ 46,01, +1,37%) e Tereos (TERI3, R$ 2,89, +3,21%1).

As empresas reagem à disparada de Marina Silva nas pesquisas eleitorais, com o discurso de sustentabilidade da ex-senadora. A gestora de recursos da Coinvalores Corretora, Tatiane Cruz, esclarece que a alta dos papéis se deu por uma reação tardia do mercado ao “rali eleitoral”, já que os candidatos à presidência estão se aproximando cada vez mais do agronegócio.

Ações que não param de subir desde 14 de agosto As ações da BM&FBovespa (BVMF3, R$ 14,03, +3,93%) MRV (MRVE3, R$ 9,33, +2,30%) e CCR (CCRO3, R$ 20,96, +3,46%) reagem novamente com o novo cenário político desde sua mudança em 14 de agosto, com a trágica morte de Eduardo Campos.

O mercado tem visto que a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral aumentou a chance de uma mudança de governo. Esse “choque de expectativa”, que viria com uma reversão do atual cenário, é o que tem puxado o mercado para cima nos últimos dias.

Embora nos primeiros dias após a morte de Eduardo Campos, 13 de agosto, o cenário político ainda estivesse incerto, especulações de que Marina entrasse na corrida eleitoral foi o grande propulsor da Bolsa. Assim como Campos, o mercado vê que Marina vai adotar uma política mais pró-mercado – o que foi confirmado com a divulgação de seu plano de governo na última sexta-feira (29).

Telecomunicações

A Telecom Italia vai considerar todas as opções para reforçar a sua unidade brasileira, TIM Brasil (TIMP3, R$ 12,72, +1,35%), disse o presidente da Telecom Italia, Giuseppe Recchi, segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”. A empresa também pode olhar para um acordo comercial com a Mediaset, como forma de compartilhar conteúdo e tecnologia com a emissora italiana, que é controlada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, disse Recchi ao jornal no domingo.

Além disso, a espanhola Telefónica planeja sair da Telecom Italia após o grupo espanhol finalizar a compra da unidade brasileira de banda larga da francesa Vivendi, a GVT, disse o presidente do Conselho da companhia, César Alierta, nesta segunda-feira, encerrando uma participação de muito tempo.

Relações tensas entre as companhias da Espanha e da Itália culminaram na semana passada quando a Telefónica venceu a Telecom Italia na compra da GVT, um golpe contra a companhia italiana que pode transformá-la num alvo de aquisição em uma indústria que se consolida rapidamente.

“Após a operação da GVT a mensagem é clara, não queremos permanecer na Telecom Italia”, disse Alierta para jornalistas após participar de uma conferência sobre telecomunicações em Santander, no norte da Espanha.

Braskem (BRKM5, R$ 15,49, +1,57%) As ações da Braskem sobem nesta sessão apesar da notícia de que a companhia não conseguiu entrar em um acordo com a Petrobras sobre o reajuste do preço da nafta. Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, os termos do acordo formalizado representam uma derrota dupla para a Braskem.

Valor de mercado da bolsa brasileira atinge seu máximo histórico em agosto de 2014 – Setor bancos e de petróleo e gás puxam alta no mês de agosto.
Economatica calcula a evolução mensal do valor de mercado das empresas de capital aberto brasileiras desde dezembro de 2002 e verifica que no dia 29 de agosto de 2014 o valor de mercado das empresas brasileiras atingiu R$ 2,59 trilhões, maior valor da história do mercado.
O calculo considera numero de empresas variável no tempo por que foi elaborado com todas as empresas presentes em cada data analisada.

O setor bancário com 22 instituições é o setor que no dia 29 de agosto tem o maior valor de mercado com R$ 561,8 bilhões, no mês agosto de 2014 o setor teve o maior crescimento com R$ 70,4 bilhões.
O segundo setor com maior valor de mercado da Bovespa é o de Alimentos e Bebidas com R$ 382,0 bilhões
O setor de Petróleo e Gás e o terceiro setor com maior representatividade com R$ 310,9 bilhões e também o setor com o maior crescimento nominal no mês de agosto com R$ 55,6 bilhões.
No mês de agosto de 2014 o valor de mercado das empresas brasileiras cresceu R$ 196,5 bilhões, maior crescimento nominal em amostras mensais da história.

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