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quinta-feira, 28 de março de 2024

Importação de soja pela China pode recuar com queda no farelo e nas margens

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28/11/2014 09h14 – Atualizado em 28/11/2014 09h14

Fonte: Reuters

A queda dos preços do farelo de soja na China ameaça prejudicar a crescente demanda do país por grãos norte-americanos, à medida que as margens de esmagamento começaram a tornar-se negativas depois de permanecerem em geral positivas desde o início de setembro.

A queda dos preços do farelo de soja na China ameaça prejudicar a crescente demanda do país por grãos norte-americanos, à medida que as margens de esmagamento começaram a tornar-se negativas depois de permanecerem em geral positivas desde o início de setembro.

Boas margens de processamento de soja e uma baixa nos preços de Chicago para mínimas de quatro anos provocaram uma corrida dos compradores chineses no mês passado para abocanhar cargas dos EUA com embarque para novembro e dezembro.

Mas as expectativas de grandes desembarques estão agora pressionando os preços do farelo de soja no país e arrastando para baixo os lucros do processamento.

Uma desaceleração das importações por parte da China, que compra mais de 60 por cento dos grãos negociados globalmente, poderia aumentar a pressão sobre os preços globais que subiram para uma máxima de quatro meses no início deste mês na carona da forte demanda.

“A China definitivamente exagerou, há um grande volume de grãos a caminho de lá”, disse um gerente comercial em uma empresa com sede em Cingapura, que embarca grãos para o país e possui fábricas de processamento.

“Os preços do farelo de soja no mercado chinês estão caindo e, como resultado, as margens de esmagamento estão ficando zeradas e até mesmo negativas em alguns casos”, acrescentou o executivo.

Os preços do farelo de soja na região de Dalian, na China caíram 6,7 por cento desde o início da semana passada. Isso levou a margens de esmagamento para o vermelho depois de terem permanecido rentáveis, de maneira geral, desde o início de setembro.

Importadores chineses compraram em excesso no final do ano passado, incentivados por margens mais elevadas de processamento, mas embarques recordes e uma desaceleração na demanda após um surto de gripe aviária reduziram a demanda e desencadearam calotes em alguns contratos de importação.

Operadores disseram que a China ainda não está em uma situação semelhante, apesar da queda dos preços e dos grandes volume desembarcados.

Embora os carregamentos de soja devam atingir cerca de 21 milhões de toneladas no período novembro-janeiro, os comerciantes estão vendo sinais de uma desaceleração no início do próximo ano, em meio ao aperto das margens de lucro.

A China geralmente compra 5,5 milhões a 6,0 milhões de toneladas por mês.

“Se eles precificaram a soja em cerca de 9 dólares por bushel, a margem deve ser boa, mas se não o fizeram, dado que os preços de farelo de soja domésticos estão enfraquecendo, esperamos que a margem seja negativa se os preços de soja (em Chicago) continuarem subindo”, disse Li Lifeng, analista de uma consultoria do setor, a www.cofeed.com.

“Os preços do farelo no início do próximo ano serão muito fracos”, disse.

As ofertas de prêmio pela soja FOB (livre a bordo) nos portos do Golfo do México para dezembro ficaram esta semana em 127 centavos acima do contrato janeiro da soja em Chicago, ante uma máxima de 205 centavos sobre o contrato de novembro registrada há dois meses, indicando uma potencial desaceleração na demanda, disse um segundo operador de Cingapura.

“Os prêmios para a soja nos Estados Unidos caíram à medida que as compras chinesas para embarque em janeiro e fevereiro estão desacelerando”, disse ele.

Foto: Ascom Famasul

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