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quinta-feira, 28 de março de 2024

Após denúncia de agressões a jovens em Amambai, DCE e UEMS emitem notas

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24/10/2018 20h53

Após denúncia de agressões a jovens em Amambai, DCE e UEMS emitem notas de repúdio

A agressão aconteceu na noite de domingo (24) quando um grupo de jovens foram interpelados e agredidos por indivíduos com frases discriminatórias e disparos de arma de fogo

Fonte: Redação

Amambai (MS) – Na noite de domingo (24), jovens, entre eles um universitário da unidade da Uems de Amambai, retornavam de uma festa quando foram agredidos verbalmente e com disparos de tiros por indivíduos que estavam dentro de um carro.

De acordo com a nota emitida pelo DCE, frases de ofensas foram proferidas pelos homens, tais como, bando de bichinhas, vamos fazer um limpa, vamos matar viado. Os agressores também fizeram alusão ao processo eleitoral; os indivíduos gritaram Bolsonaro 2019.

Devido a gravidade da situação, o Diretório Central de Estudantes (DCE) e a direção da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), emitiram notas repudiando o fato. Vejam as notas:

Nota do DCE

O Diretório Central dos Estudantes vem por meio desta repudiar o lamentável episódio que ocorreu no último domingo dia (21/10) na cidade de Amambai com o discente do curso de História(Manteremos preservado o nome).

O discente retornava de uma festa com uns amigos na ocasião o discente estava performado de Drag Queen quando foram abordados por alguns homens em um carro ao perceberem a orientação do grupo começaram no intuito pejorativo a proferir “bando de bichinha” “vamos matar viado” e “bolsonaro 2019” “vamos fazer um limpa” e efetuaram vários disparos de arma de fogo contra o grupo que o discente se encontrava.

Com alívio informamos que a integridade física do grupo foi preservada e que medidas como B.O foi registrada .

No entanto a situação psicológica do nosso colega discente é crítica pois o mesmo se encontra muito abalado essas restrições de liberdade do ser em razão de sua orientação é muito triste num país que tem o maior número de casos de homofobia do mundo ,não podemos naturalizar a violência e nem desanimar ou se entregar a onda de Fascismo que assola o Brasil .

Os crimes de homofobia, muitas vezes, são mascarados com “em nome da família tradicional ou de Deus”, mas não passam de ódio gratuito disfarçado. Não é preciso pegar uma arma e matar um homossexual para que a intolerância ocorra; ela está presente nas piadas de bar, personagens estereotipados, apelidos na escola e enraizado em uma cultura onde algumas (poucas) vezes é até “aceitável” você ser gay, contato que não pareça um.

Nossa luta agora é pela VIDA e por LIBERDADE é pelas garantias e direitos fundamentais ,nem o mínimo que é o direito de ir e vir está sendo preservado . Cobramos a apuração e um posicionamento da instituição local que espantosa vem “acobertando” o caso ,prova disso é não ter saído nenhuma nota do caso na imprensa local ou pela unidade da UEMS de Amambai sendo que a reitoria desta Universidade só soube do ocorrido por meio do DCE.

Ressaltamos nosso total apoio ao discente e a toda comunidade LGBTQ+ seguimos firme ,seguimos em luta.

Nossas vidas importam.

Nenhuma vida a menos.

Olga Cristina C.Andrade
23 de Outubro de 2018

Nota da UEMS contra a intolerância e a favor da democracia

Com a proximidade do segundo turno das Eleições de 2018, temos vivenciado o crescimento da intolerância e a diminuição do respeito ao outro, manifestados em casos de violência (física, verbal ou psicológica).

Diante deste cenário, nós, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), reafirmamos a nossa posição contra a intolerância e a favor da liberdade, da paz, da fraternidade, da ética e, principalmente, da democracia.

Repudiamos quaisquer atos de violência e quaisquer manifestações de racismo, xenofobia, misoginia, LGBTfobia e sexismo em nossas dependências, tanto na cidade de Dourados, onde está localizada a sede da nossa Universidade, quanto nas outras 14 Unidades, ou ainda contra qualquer membro da nossa comunidade acadêmica.

A UEMS, assim como outras universidades públicas brasileiras, é constituída como espaço de construção do conhecimento, de produção do pensamento crítico e do compartilhamento de ideias. Por isso, reafirmamos nosso respeito à diversidade, em todos os seus aspectos, gênero, orientação sexual, identidade étnica, identidade cultural, religião ou política.

Reiteramos ainda que atuaremos, de todas as formas possíveis, para garantir a proteção e para defender os direitos dos membros da nossa comunidade acadêmica.

Fábio Edir dos Santos Costa
Reitor

Laércio Alves de Carvalho
Vice-reitor

Frases preconceituosas foram proferidas ao grupo de jovens / Foto: Ilustrativa

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