05/04/2019 14h26
A proposta feita pela Administração Municipal será votada na Sessão da Câmara desta segunda-feira (8) em regime de urgência. Um profissional do ramo farmacêutico não concorda e promete entrar na justiça caso seja aprovada a adequação
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Uma proposta de adequação nos horários de atendimentos das farmácias amambaienses bem como seus plantões têm dado o que falar nas redes sociais nesta semana.
Isso porque um profissional do ramo, o gerente da Farmácia São Lucas, diz se sentir prejudicado com a proposta e promete entrar na justiça caso o documento seja aprovado pelos vereadores amambaienses.
Atualmente no município, qualquer farmácia pode ficar abertas até as 22h, mesmo as que não estão de plantão, já a plantonista, fica aberta ao público até às 23h. Depois desse horário, clientes são atendidos através dos telefones dos estabelecimentos comerciais.
A nova proposição, aprovada por 15 das 16 farmácias amambaienses durante reunião com o Prefeito, prevê um novo horário de funcionamento para os estabelecimentos de saúde do município, restringindo o seu expediente até às 19h30 durante a semana e aos sábados, até às 18h. A única farmácia que poderá ficar aberta após esses horários e aos domingos é a que estiver em regime de plantão.
“Nós, da Farmácia São Lucas, tomamos um posicionamento contrário a esse projeto, pois em nosso entendimento, acarretará na diminuição da livre concorrência, além de forçar demissões de pessoal em empresas adaptadas para horários especiais, como a nossa; (…) estão tirando o nosso direito de trabalhar e o direito da população em comprar onde quiser”, disse Luiz Pedro Castilho, gerente do estabelecimento. A farmácia São Lucas defende que seja feita uma audiência pública para que o consumidor seja ouvido e ainda garantiu que vai entrar na justiça caso o regime de plantão volte a funcionar no município.
O farmacêutico Weber de Melo Tobias, proprietário da Farmácia São José afirma ser contrário a opinião do colega de profissão e a favor da proposta, que segundo ele contribui para a proteção do trabalho no ramo farmacêutico.
“Todas as farmácias da cidade, com exceção de uma concordaram com o retorno do plantão, porque todos entendemos que seria bom para todo mundo, além do mais acredito que o cliente não será prejudicado porque fizemos um acordo de todas as farmácias se comunicarem com o intuito de não deixarem nenhum paciente sem medicamento caso a de plantão não o ofereça, isso sim é se preocupar com o bem-estar do consumidor e, ao mesmo tempo, proteger o nosso ramo de trabalho”, explicou.
A proposta foi encaminhada a Câmara Municipal e será votada na próxima segunda-feira (8) em regime especial de urgência.
