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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Quase 50 anos de experiência: amambaiense é referência na produção de erva mate

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28/01/2019 13h59

O amambaiense Valdecir Martins Pedroso produz em seus 3,8 hectares de terra do Assentamento Querência, mudas de erva mate que abastecem produtores de Amambai e região

Fonte: Redação

Amambai (MS) – A erva mate está presente no dia-a-dia da maioria dos ambaienses, seja no tereré ou no chimarrão. Você, que está lendo esta matéria agora, é bem provável que tenha ao lado uma dessas duas bebidas, assim como esta que vos escreve.

Mas não somente pelo aspecto cultural que a erva-mate é importante, mas também pela sua tradição econômica. Uma vez que toda a região sul do Estado, entre outras, foi, outrora, produtora desta planta. A Cia. Erva-Mate Laranjeira, responsável pelo beneficiamento e exportação, explorou e instigou a produção.
Com o passar dos anos, poucos resistiram no ramo ervateiro, em Amambai, menos de 10. Mas os que permanecem, visam não somente o retorno financeiro, que eles garantem que é bom, mas também o resgate e o fortalecimento da cultura que moveu Mato Grosso do Sul por muitos anos.

Um deles é o senhor Valdecir Martins Pedroso, o Preto. Ele tem a toda uma vida associada ao cultivo da erva-mate. Desde a semeadura até a colheita, os quase 50 anos de lida, lhe possibilitaram uma vasta experiência prática, requisitada por produtores de toda a região do Conesul.

“Eu não tenho estudo acadêmico, o que eu aprendi sobre a erva-mate é até muitas vezes o contrário do que ensinam nos cursos, mas foi o que eu aprendi e com o que eu, assim como meu pai e meu avô, sustentei toda a minha família”, afirmou Valdecir.

Serviços

Aos 59 anos, Valdecir, reside no Assentamento Querência, onde nos seus 3,8 hectares de terra, produz mudas de erva mate para vender aos produtores de erva-mate da região. São mais de 8 mil mudas que serão distribuídas nos próximos meses.

Além disso, ele realiza diversos serviços no ramo, como plantação, podas, construção de barbaquás, entre outros.

“70% do meu erval é composto por mudas adquiridas do Preto. Assim como o meu barbaquá e conduto foram feitos por ele. Grande amigo ervateiro que me ensinou como cultivar e beneficiar a erva mate artesanalmente, contribuindo para o resgate cultural do beneficiamento artesanal da erva mate, no barbaquá”, disse o produtor, Wilson de Assis, que possui 8,5 hectares plantados com erva-mate.

“Posso dizer que a erva mate é a minha vida, foi e é dela que tiro o meu sustento e tenho muito orgulho disso”, disse Valdecir.

Fomento da plantação de erva-mate em Amambai

Há cerca de 2 anos fundada em Amambai, a Agrimate surgiu com o objetivo de fortalecer e fomentar o cultivo da planta em Amambai e, segundo seu presidente, Wilson José de Assis, que também é produtor, apesar de se tratar de algo rentável, a produção de erva mate se resume ao pequeno e médio produtor.

Nós temos hoje muita erva mate espalhada pelo município, seja plantada ou até mesmo nativa, então nosso objetivo é implantar novas tecnologias para o cultivo da planta. Nós temos capacidade para disseminar essa modalidade de produção”, afirmou.

Segundo ele, a maioria da erva mate consumida em Amambai vem de fora, o que desanima os produtores locais. “O produtor de Amambai encontra uma certa resistência por conta da apresentação e do manejo da sua erva e isso nos impede de alavancar”, ponderou.

Foto: Moreira Produções

Valdecir ao lado do secretário municipal de Agricultura, Anilson Prego / Foto: Moreira Produções

Foto: Moreira Produções

Wilson produz a erva mate

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