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sexta-feira, 29 de março de 2024

Famílias, governo e sociedade se unem na prevenção ao suicídio

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21/09/2018 10h58

Como parte do Setembro Amarelo, Ministério da Saúde divulga números de casos no País. Assistência Psicossocial reduz em 14% o risco de ocorrências

Fonte: Brasil.gov

Medidas que envolvem promoção de saúde mental, vigilância, gestão, cuidado e assistência focada na prevenção do suicídio fazem parte de um conjunto de ações do governo federal para reduzir o número de casos no Brasil. Também fazem parte do pacote qualificações de profissionais que irão desenvolver planos regionais com esse intuito.

Um balanço das ações e dados sobre suicídio no País foram divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério da Saúde. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram investidos R$ 1,4 milhão em ações nos seis estados onde as taxas são maiores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas e Piauí. Elas fazem parte de um projeto piloto com o objetivo de ampliar experiências positivas para todo o País.

Outra medida importante foi o convênio entre o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece, por meio do telefone 188, apoio psicológico a pessoas com ideias suicidas. Por meio dessa parceria, as chamadas passaram a ser gratuitas, o que dobrou o número de pessoas que buscam o apoio do CVV: em 2016, foram 1 milhão de atendimentos e, no ano seguinte, 2 milhões. A estimativa é de que, até o fim de 2018, sejam atendidas 2,5 milhões de chamadas.

Além disso, desde setembro deste ano, foram inaugurados 109 novos centros de Atenção Psicossocial (Caps) em todas as regiões. De acordo com o Ministério da Saúde, a presença e acesso a um Caps reduz em até 14% o risco da morte por suicídio.

Prevenção
Membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção de Suicídio (Abeps) e da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (Iasp, do inglês), o psicólogo Carlos Aragão Neto ressalta que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos suicídios estão relacionados a algum tipo de transtorno mental e, por isso, poderiam ser evitados. Na avaliação dele, portanto, o tratamento adequado é fundamental na prevenção. O especialista afirma que, nesse processo, a participação de todos é essencial.

“O psicólogo é um dos atores que precisa estar presente nessa rede de suporte a uma pessoa que está em sofrimento grave ou com comportamento suicida. Também fazem parte dela o psiquiatra, o psicólogo, o pai, a mãe, o amigo, o líder religioso, o colega da escola ou do trabalho. As chances aumentam muito para que essa pessoa desista de investir na morte para investir na vida quando essa rede se junta, cada um fazendo a sua parte”, afirma.

Números
São registrados cerca de 11 mil suicídios por ano no País. Dados revelam que o suicídio é a terceira causa de morte entre homens (com 9,2 a cada 100 mil habitantes) e, entre as mulheres, a oitava (são 2,4 a cada 100 mil pessoas). Houve um crescimento de 28%, no período de 11 anos, entre a população masculina.

Um dado que merece atenção é o suicídio de indígenas, fenômeno observado em escala internacional. No Brasil, a taxa é de 23 suicídios a cada 100 mil indígenas – cerca de 45% deles possui entre 10 e 19 anos de idade – entre não indígenas, a distribuição concentra-se na faixa entre 15 e 29 anos.

Fique atento!
O suicídio pode ser causado por fatores diversos e não tem relação exclusiva com nenhuma classe social, raça, etnia, idade, orientação sexual e identidade de gênero. Mas é possível identificar sinais e prevenir o suicídio. Clique aqui e confira dicas de profissionais do Ministério da Saúde para ajudar quem precisa.

Centros de atendimento espalhados pelo País têm estrutura para atender pessoas em dificuldade.

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