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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mortes por câncer devem atingir número recorde de 9,6 milhões este ano

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14/09/2018 08h37

Novos casos da doença terão subido para 18,1 milhões; cânceres de pulmão, mama e colorretal são os mais comuns; taxas de incidência em países mais avançados são até três vezes maiores do que em países com desenvolvimento baixo ou médio.

Fonte: OnuNews

Em todo o mundo, 18,1 milhões de pessoas devem ter câncer este ano e 9,6 milhões acabarão por morrer. A projeção é do estudo Globocan 2018, publicado esta quarta-feira pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, Iarc.
Um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres em todo o mundo terão a doença ao longo da sua vida. Um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres acabarão por morrer, prevê o estudo.

PrevençãoO diretor do Iarc, Christopher Wild, disse que “esses novos números mostram que ainda há muito a ser feito e que a prevenção tem um papel fundamental a desempenhar. ”
Segundo ele, “políticas eficientes de prevenção e detecção precoce devem ser implementadas urgentemente para complementar os tratamentos, a fim de controlar esta doença arrasadora. “

ResultadosO aumento dos casos deve-se a vários fatores, incluindo crescimento e envelhecimento populacional e prevalência de certas causas ligadas ao desenvolvimento social e econômico.
Para muitos tipos, as taxas de incidência em países com Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, alto ou muito alto são geralmente duas a três vezes maiores do que em países com desenvolvimento baixo ou médio.
Apesar disso, as diferenças nas taxas de mortalidade são menores, porque os países menos avançados têm menos acesso a diagnósticos e ao tratamento.
A pesquisa também revela uma baixa das taxas de incidência de alguns tipos de câncer, que pode ser explicada com os esforços de prevenção. Essa queda aconteceu, por exemplo, com o câncer do pulmão, em homens do Norte da Europa e América do Norte, e com o câncer do colo do útero na maioria das regiões da África Subsaariana.

RegiõesPerto de metade dos novos casos e mais da metade das mortes em todo o mundo acontecem na Ásia, em parte porque a região tem quase 60% da população mundial.
A Europa tem 23,4% dos casos e 20,3% das mortes, embora tenha apenas 9% da população mundial. As Américas têm 13,3% da população global e representam 21,0% de incidência e 14,4% da mortalidade.
Por outro lado, as proporções de mortes na Ásia e na África são maiores devido a pior prognóstico e maiores taxas de mortalidade, além de acesso limitado a diagnóstico e tratamento.

Principais tiposOs cânceres de pulmão, mama e colorretal são os três tipos mais comuns e estão entre os cinco que matam mais pessoas. O câncer no pulmão é o que mais mata, sendo o do colón o segundo e o da mama o quinto. Juntos, são responsáveis por um terço de todos os casos e de todas as mortes.
O câncer de pulmão é responsável pelo maior número de óbitos, com 1,8 milhão de mortes. A seguir está o câncer do cólon com 881 mil mortes, do estômago com 783 mil, e do fígado com 782 mil.
Apesar dos números de incidência, o câncer de mama é a quinta maior causa de morte, estimando-se que leve a vida de 627 mil mulheres este ano, porque o prognóstico é relativamente favorável, pelo menos nos países mais desenvolvidos.

GêneroQuanto às diferenças entre gêneros, o câncer de pulmão é o tipo mais comum entre homens e o que mais mata, seguido pelo câncer de próstata, colorretal e do fígado.Nas mulheres, o câncer de mama é o mais frequente e o mais diagnosticado.
Este tipo também é o que mata mais mulheres, cerca de 15% de todas as mortes, seguido do pulmão e colorretal. O câncer do colo do útero ocupa o quarto lugar tanto na incidência, 6,6%, quanto na mortalidade, 7,5%.
Uma das preocupações indicadas no relatório é o aumento da taxa de incidência de câncer de pulmão nas mulheres, que já é a principal causa de morte em 28 países.
O chefe da secção de Vigilância do Câncer da Iarc, Freddie Bray, disse que “os resultados destacam a necessidade de continuar a implementar políticas direcionadas e eficazes de controle do tabaco em todos os países do mundo”.

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