12/05/2017 16h17
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Ser mãe é conhecer a felicidade só de ver o sorriso de um filho. Você não sabe o que é felicidade até ter um filho. Ser mãe é comungar com Deus pela felicidade do filho. Ser mãe é ser feliz. Muitas são as associações possíveis entre ser mãe e a felicidade. E se uma mãe tivesse a felicidade também em seu nome. E não é que existe a dona Felicidade!
Uma mulher de 77 anos, alegre, vibrante, cheia de vida e mãe de 12 filhos. Esta é a dona Felicidade Vieira Soares, que garante que este sentimento tão bonito está presente não somente em seu nome, mas também em sua grande família.
Segundo ela, os filhos são o motivo. Sempre a rodeando e a enchendo de carinho, o amor pela prole foi o que a fez seguir em frente após duas grandes dificuldades da vida: a viúves aos 60 anos e a perda do filho mais velho, Nelson, seis anos depois.
“Fiquei viúva até cedo, 17 anos atrás e seis anos depois, perdi meu filho mais velho, tive muito medo do futuro dos meus outros filhos, mas graças a Deus tudo deu certo”, disse Felicidade, emocionada.
Felicidade foi mãe aos 17 anos, teve doze filhos: Nelson, Vilson, Velocindo, Nely, Marly, Aurélia, Zonemi, Ilda, Jardelino, Gani, Ini e Eroni, mas quatro vieram a falecer após algum tempo. Mesmo assim, a mulher guerreira e destemida seguiu sua jornada ao lado do parceiro, Oriques Vieira Soares, e dos oito filhos.
“Tenho agora seis filhas mulheres e dois filhos homens, eles são a razão da minha felicidade, estão sempre unidos e perto de mim, tenho orgulho de ter uma família tão maravilhosa”, comentou, com um orgulho visível nos olhos.
Segundo dona Felicidade, a maior dificuldade enfrentada na criação dos filhos foi oferecer-lhes um estudo de qualidade. “Nós morávamos na fazenda e lá tinha uma escolinha bem pequena, mas mesmo assim eles iam estudar (…) às vezes eles iam a pé por três quilômetros ou iam de carrocinha (…) apesar de tudo isso, nunca deixei que eles desistissem e hoje tenho orgulho de falar que, com todo esforço, tenho filhas professoras e enfermeira”, falou.
Desde pequena, dona Felicidade teve uma vida simples e não muito fácil. Ficou órfã quando ainda tinha três anos de idade e então passou a morar com um irmão, onde aprendia e sonhava com o dia de construir sua própria família.
“Eu sofri bastante, fui criada sem receber carinho algum, por isso eu sempre pensava que, se um dia eu chegasse a ser mãe, meus filhos seriam minhas relíquias; eu prometi que daria a eles todo amor e carinho que eu nunca recebi”, lembrou Felicidade, emocionada.
Como mulher sábia e protetora que sempre foi, Felicidade lembra inúmeros segredinhos para que o esposo sistemático, Oriques não brigasse com os filhos. “Eu sempre fui muito amiga dos meus filhos (…) as meninas vinham pra cidade e arrumavam namoradinhos e quando chegavam em casa me contavam tudo e recebiam conselhos, eram os nossos segredos”, disse a mãe. E acrescentou: “E quando ele ficava bravo por conta dos possíveis casamentos eu sempre dizia que nós não tínhamos criado filhos para nós”, disse sorrindo.
Dona Felicidade finaliza dando um conselho para as novas e futuras mamães: “Hoje a criação de filhos está muito mais difícil do que no meu tempo, por isso é necessário que haja muita sabedoria”, disse Felicidade.
