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quinta-feira, 25 de abril de 2024

E viva o Espirito Olímpico! Viva!

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15/08/2016 07h15

Crônicas de uma Alma Solta

Idiotices em tempos de Política

Fonte: Por Luiz Peixoto

“O espírito olímpico não é o que conduz à vitória por cima de tudo.É o que chega à vitória para engrandecê-la e respeitar a derrota dos que ficam embaixo”

(José Lins do Rego)

Eu confesso que tenho uma fascinação por esportes. Gosto de muitos deles. Alguns eu entendo bem, outros fico lendo as regras para tentar entende-los. Talvez goste tanto pois nunca tive competência para praticar nenhum. Futebol, nem sei chutar uma bola, e sou fanático no meu Flamengo. Voleibol, até joguei na juventude, mas nunca dei conta de fazer um levantamento. Handebol, acho lindo, mas nunca dei conta de controlar os passos, sempre andei mais que podia com a bola na mão, tal qual Basquetebol, que além disso exige uma mira precisa na cesta, e isso nunca tive… e assim vai com outros…

Estamos vivendo um tempo de esportes. E tempos de contestações. Gosto das duas coisas. Existe um sentimento dúbio na sociedade. Por um lado, muitos querem ver os jogos, torcerem, ver de perto ícones dos esportes. Por outro lado, questiona-se a condição do Rio de Janeiro e do Brasil de receberem um evento de tal magnitude. Nada de novidade. Concordo com boa parte das críticas. De fato, deveríamos ter uma inclusão na festa. Mas desde quando o Brasil Temeroso é inclusivo?

Estive em outros locais com grandes eventos e a população sempre questionou o custo benefício. Muito se pergunta sobre o legado deixado pós evento. E parece-me que sempre se pensa em legados físicos. É claro que eu preferia em vez de arenas, hospitais, em vez de estádios, escolas e assim vai. Mas, se não fossem os jogos, não haveriam nem arenas nem hospitais.

Nossos governantes tem a estranha mania de obras desnecessárias. Ou alguém de bom senso vê necessidade no “Aquário do Pantanal”?

Acredito muito no chamado espírito olímpico. Um tipo de sentimento que congrega os países em torno de um objetivo: conseguir vitórias. Ao vencedor, o pódio. Aos perdedores, o esquecimento. Assim é a vida. Assim são os jogos. Afinal ninguém lembra do vice-campeão. Vice só é lembrado quando dá um Golpe ou torna-se candidato.

Espero que, além de torcer, possamos refletir nesse tempo de esporte sobre algumas questões que são pertinentes. Tenho lido que na olimpíada os atletas têm corpos perfeitos. Nunca havia pensado por esse lado. A busca da perfeição física é um dos temas mais presentes na era atual. Basta vez a ditadura da musculação. Concordo. Os corpos são perfeitos. Cada um para sua perfeita atividade. Cada um no seu espaço. Perfeito.

Só imaginem se todos quisessem, como parecemos querer em sociedade, termos os corpos meio que padrões, modelados em torno de um desenho único. Nos jogos, cada estilo corporal tem sua função. Não consigo conceber um ginasta, de 1,50m de altura, jogando profissionalmente basquetebol, ou ainda competindo no levantamento de peso. Nem um jogador de basquete, com suas 2m de altura, dando piruetas na prova de solo, ou um maratonista de 60kg arremessando pesos… e assim segue. Cada um pode fazer suas analogias.

A perfeição tem muitas caras e muitas formas. Uns buscam o corpo padrão. Eu busco um padrão de pensamento. Outros nem buscam mais nada. Perfeito! Cada um sabe do que é feito seu sonho e sua luta!

Viva o Espírito Olímpico. Torço muito para que dê tudo certo. Não para o Brasil, não sou bairrista, mas para o mundo.

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O autor é filósofo e escreve semanalmente nesta coluna

E viva o Espirito Olímpico! Viva!

E viva o Espirito Olímpico! Viva!

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