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quinta-feira, 28 de março de 2024

Idiotices em tempos de Política

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22/08/2016 07h15

Crônicas de uma Alma Solta

Idiotices em tempos de Política

Por Luiz Peixoto

Eu estou empolgado com um livro, aliás, com vários, mas esse, especificamente, tem me deixado sem parar de rele-lo. E entrando em campanha eleitoral, quero indica-los.

Pensando no texto, a partir de um artigo da Jéssica Vicentin, fiquei pensando: “talvez estejamos vivendo um tempo em que o mundo se encontra com o maior número de idiotas espalhados por ele. Sim, idiotas e muitos. Não o idiota no sentido popular na frase, aquela pessoa que só diz e faz besteiras e que você faz questão de falar mal numa roda de amigos. O idiota no qual estamos falando é o que os autores trazem no livro, no qual a expressão, vinda do grego idiótes, significa ‘aquele que só vive a vida privada e se recusa à vida política’. Essa vida política, como muitos já imaginam e torcem o nariz, não se limita à política partidária. Trata-se de algo muito mais amplo, para além dos PT’s e PSDB’s da vida. Trata-se do envolvimento das pessoas em discussões sobre questões como a democracia, a liberdade, os direitos e deveres dos cidadãos, e muitos outros mais que afetam diretamente a vida da sociedade em geral. O conceito da expressão “idiota”, nesse contexto, tem muito mais a ver com a postura das pessoas em relação à política, seu interesse (ou não) por temas de interesse coletivo, os quais não são debatidos com essa mesma coletividade que se reivindica. Todos querem ter seus direitos garantidos, qualidade de vida, saneamento básico, transporte público de qualidade, etc. Mas garantidos por quem? “

O idiota típico é aquele que estufa o peito e profere a máxima “Eu odeio política! “. E mesmo assim vende seu voto, vota, e cobra favores. Esse tipo de ser só serve para estragar o debate e a construção do conceito de vida em sociedade. E são tantos.

Em sociedade somos todos responsáveis pelo conjunto das ações, e omissões, do poder público, em suas três esferas. Quando nos omitimos, apenas passamos a outros o poder de decidir nosso futuro.

Já disse a todos os candidatos, podem vir conversar, mas venham pra ouvir mais que falar, afinal tenho coisas a dizer. Até posso ser um idiota no sentido popular, mas nunca no sentido grego da palavra.

Talvez, enquanto não houver algo que cutuque de fato a ferida das pessoas, elas continuem avessas à inserção da política em suas vidas. Se esperar que os outros ou o Estado resolvam os problemas que surgem, sem se envolver ou se preocupar se isso de alguma forma afeta a sociedade, é agir como idiota, realmente nosso mundo está repleto deles. E se isso soa como ofensa, desculpem, mas como diz Philippe Destouches, “os ausentes nunca têm razão”.

O autor é filósofo e escreve semanalmente nesta coluna

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