29/09/2017 20h31
O bispo Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães criticou a decisão do STF de liberar o ensino religioso confessional, ou seja, de uma religião específica, em escolas públicas
Fonte: Brasil 247
O bispo Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães criticou a decisão do STF de liberar o ensino religioso confessional em escolas públicas.
Com este modelo, o professor (ou qualquer representante de alguma religião) poderá demonstrar sua fé em sala de aula e direcionar o ensino para uma religião específica.
Joaquim Mol é bispo auxiliar de Belo Horizonte e Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC-Minas.
Confira seu texto postado no Facebook:
Ensino Religioso (ER) em escola pública só pode ser ensino da religiosidade, da dimensão religiosa, das atitudes e valores condizentes com a religião.
O problema é a confessionalidade, na escola pública, com recursos públicos e a possibilidade certa de hegemonia da Igreja Católica, agora, e depois das Igrejas Pentecostais.
A tradição do ER no Brasil, com exceção de alguns lugares e dioceses muito reacionárias e conservadoras é o ER não confessional. O desacreditado STF cedeu ao lobby católico. Os melhores pensadores do ER em escola pública no Brasil não aceitam a confessionalidade e isso, por imposição autoritária de alguns, não foi respeitado.
A decisão é um retrocesso e é obscurantista.
Mas… sigamos. Trabalharei muito para praticar o ER não confessional, trabalhando com os professores.
A confessionalidade da religião é objeto da catequese, na comunidade de fé, na família e, com as devidas adaptações, na escola confessional.
Cada um em seu lugar e todos conversando com todos, escola, família, comunidade, sociedade.
O ER, processo de educação da religiosidade, cumpre uma tarefa e a Catequese, processo de educação da fé, cumpre outra tarefa. Ambas dialogam e se entendem muito bem.
Simples assim!