12/05/2019 08h00
Fonte: Redação
Antigas manhãs nas redes largas
Abraçavam-me nos velhos quintais.
As páginas que para mim você lia
Tornaram-se asas livres dos pardais.
Almanaques e versículos bíblicos,
Livros, folhetos, revistas e jornais.
Ainda lê muito bem todas as palavras
Que cada filho no rosto sempre traz.
Os aconchegos naquele colo pronto
Eu bem sei que não os terei jamais.
As redes vazias e as árvores mudas
Ferem as lembranças como punhais.
Tornei-me um aprendiz da felicidade:
Daquelas manhãs não esqueço mais.
Esse poema incentiva as mães a lerem para os filhos e acompanharem mais os filhos nas tarefas, como fazia a minha.
Diobelso é médico e membro da Academia Amambaiense de Letras