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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Dia Mundial da Poesia: “É nela que debruço minhas frustrações”

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21/03/2019 08h45

Fonte: Redação

Amambai (MS)- “A poesia tem muito poder, ela é para mim uma válvula de escape; é nela que debruço minhas frustrações” é o que diz o médico, escritor e poeta residente em Amambai, Diobelso Teodoro de Souza nesta quinta-feira (21), dia em que se comemora o Dia Mundial da Poesia.

A data é um tributo à palavra poética, ao poema como tal e aos poetas. Foi instituído pela Unesco em 1999 e objetiva dar apoio a diversidade linguística através da expressão poética.

Seu primeiro contato com a poesia

Diobelso conta que escreve desde muito cedo. Seu contato com a poesia se deu ainda enquanto mama ao seio. Ele diz se lembrar da mãe, Esther Ribeiro, de 88 anos, declamando versos enquanto alimentava o filho.

“Minha mãe é semianalfabeta, mas sempre nos inspirou a ler, hábito que ela tem até hoje; o que sou enquanto pessoa, enquanto médico e enquanto escritor, eu devo a ela”, disse emocionado. Em alusão a isso, o médico escreveu uma poesia, que será anexada no fim desta matéria.

O médico explica que se sente inspirado nos momentos de tribulação, colocando no papel as frustrações, as angústias e as incertezas. “Claro que a gente escreve também sobre as coisas bonitas da vida, mas é nesses momentos em que a inspiração maior chega; a poesia se tornou a minha válvula de escape, é nela que debruço minhas frustrações”, afirmou.

Hoje, o filho da dona Esther coleciona diversas premiações a nível nacional para suas poesias, poemas e crônicas, tem três livros lançados e é membro fundador da Academia Amambaiense de Letras (Acal), implantada em Amambai em 2018. Recentemente lançou o livro “Os pertences do Mar”, onde em seus versos, traz situações vividas e observadas durante o tempo em que viveu próximo ao mar.

O exemplar está sendo comercializado na Livraria do Estudante, na Barbarela, na Livraria Estrela Dalva, no Supemercado Ki-Carne e na Maria Lanches.

Veja abaixo uma das poesias de Diobelso

Herança Materna

Acostumei a degustar versos maternos
E isso ainda quando mamava ao seio:
Da prole de sete eu era o filho do meio
E o que mais sugava aqueles dias eternos.

Os tempos alegres se tornaram dispersos,
E o Passado escrito fica intenso demais.
E agora o que sou e o que não serei jamais
Pode ser devido à herança daqueles versos.

Dr. Diobelso tem 59 anos e escreve desde criança / Foto: Moreira Produções

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