17.3 C
Dourados
sábado, 20 de abril de 2024

A safra atolada

- Publicidade -

17/02/2016 14h20 – Atualizado em 17/02/2016 14h20

Por Ney Magalhães

A cada Safra a novela se repete com a falta de estradas por culpa de governantes executivos incompetentes, e pelo silencio dos legislativos estadual e do municipal quando não despreparados e ineptos, estes simplesmente dependentes políticos e ou por “acordos” de coligações, do governador ou de seus deputados mantenedores.
Desde quando o Zeca criou o FUNDERSUL e incoerentemente fechou o Departamento de Estradas de Rodagem – DERSUL, em cada época de colheitas o agronegócio do MS se recente e abala a economia do próprio Estado. Os agricultores perdem receitas e os alimentos têm os preços majorados provocando inflação. Todos saem perdendo pela inércia dos governantes.

O Pucinelli consolidou esse imposto inconstitucional e ainda majorou suas alíquotas, estendendo as garras até para outros produtos inclusive os combustíveis. Comentava-se que havia “terceirizado” os serviços de manutenção das rodovias MS para Firmas criadas naquela época, e que receberiam como parte de pagamento o acervo de Maquinas e Equipamentos da AGESUL sucessora do finado DERSUL. E como aonde aparece fumaça é porque tem ou teve fogo, atualmente a “Operação Lama Asfaltica” já levou para a cadeia até o ex secretario de obras daquele tempo. Foi um governo de oito safras sofridas. Sem Estradas.

O novo governador Azambuja é verdade que recebeu um Estado deteriorado em suas finanças e com heranças criminosas, como por exemplo, o aumento de despesas da já pesada maquina publica sem as previsões ou provisões orçamentárias compatíveis, e construções inúteis e desnecessárias prioritariamente, iniciadas com flagrantes fraudes como o tal Aquário do Pantanal.

Hoje são decorridos já TREZE meses do novo governo.

Na primeira safra fev/março de 2015 tudo era festa.

Agora S.Excia. Reinaldo Azambuja, já deveria ter tido tempo de cumprir suas obrigações reorganizando e restabelecendo as Regionais dos Departamentos de Estradas de Rodagem, com Engenheiros responsáveis e de sua confiança respeitando as Leis e cumprindo suas metas. Terceirizar a construção e conservação de estradas pavimentadas é um sistema moderno e funcional, porem em CONSERVAÇÃO de estradas de terra jamais pode dar certo. As variáveis do tempo alteram qualquer cronograma pré-estabelecido. Alem da corrupção que impera nesse campo, e como ex-prefeito e ex Deputado Federal o senhor conhece “muito melhor” o assunto.

V.Excia. sabe por que algumas estradas asfaltadas tiveram seus aterros estourados interrompendo o transito?

V.Excia. conheceu as obrigações e o trabalho que era realizado pelos “garis” do DERSUL de cada Regional?
As margens das MS eram roçadas periodicamente evitando queimadas nas pastagens adjacentes, as cabeceiras de Pontes, tubulações e bueiros eram limpos e desentupidos, bem como redirecionando a saída das águas das chuvas que escorriam no leito deteriorando o aterro. Hoje, sem esse trabalho as águas pluviais a cada chuva carregam as terras dos aterros para as vertentes assoreando as nascentes e os rios, cometendo também um grave crime ambiental.

Na atual estação de chuvas a Rodovia asfaltada entre Amambai e Cel. Sapucaia a MS-289, Sem limpeza dos bueiros e canalizações sujas de entulhos, lixo e até pneus velhos entupiram os “tubos de concreto” que permitiam a passagem das águas, represando grandes lagoas que deterioraram o aterro que se rompeu. Alem dos transtornos para os usuários, pelo menos dois graves acidentes com veículos e pessoas foram divulgados na mídia.

E por falar em falta de administração, talvez o senhor ainda não tenha sido informado que a MS 485-Região do Alto Rio Amambai, estrada velha para Aral Moreira coadjuvante da MS 289, a MS 486 está interditada há pelo menos sessenta dias pela queda do pontilhão sobre o Riacho Canguirí construído no Vosso Governo e que teve a duração de uso por apenas Quarenta e um dias. Um caso que deveria ser investigado.

Senhor Governador, sem um Orgão responsável direto não se conservam estradas.

“Estado de Emergência” – Sem comando local das responsabilidades do Estado os encargos recaem exclusivamente nos Prefeitos que comprovadamente não têm parque de maquinas para a ocasião, e já sobrecarregados com as extensas malhas rodoviárias municipais. Vergonhosamente foi amplamente divulgada pela mídia a concorrida reunião realizada na Capital onde cada município recebeu a dotação de alguns litros de óleo diesel.

Haja adrenalina para irrigar o humor rural do MS.

O autor é Produtor Rural em Amambai – Na ativa aos 80 Anos.

A safra atolada

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-