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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Sobre os (des)interesses do Futebol

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09/09/2015 06h27 – Atualizado em 09/09/2015 06h27

Conversa nada fiada

Sobre os (des)interesses do Futebol

Por Odil Puques

Pobre esporte bretão que se abrasileirou. Capaz de movimentar somas estratosféricas, de mover e promover paixões avassaladoras, de parar um país em guerra, o futebol degringola-se fora das quatro linhas. Tá bem, tá bem, dentro de campo nosso escrete não impõe mais respeito a ninguém. Desde 1982, em que tínhamos jogadores do naipe de Zico, Sócrates, Falcão e Cerezo, comandados por Telê, que abandonamos a nossa essência: O chamado futebol arte. O pragmatismo de Parreira e Felipão nos fez comemorar em 1994 e 2002. Vitórias de Pirro, que culminaram no 7 a 1 para a Alemanha, maior vexame da história do futebol mundial. Mas é de João Havelange, Joseph Blater, José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero que são feitos os dirigentes que transformaram o futebol em um balcão de negócios. Sabedores que lidam com a maior comoção mundial aproveitaram para locupletar-se, afinal se a paixão é cega, se se está ganhando um ou outro título ninguém se importaria com a roubalheira. Em Mato Grosso do Sul, o futebol padece de organização, incentivos e qualidade. Francisco Cezário está há quase trinta anos como presidente da Federação de Futebol. Domingo próximo passado a equipe do URSO se deslocou de Mundo Novo até Ponta Porã para mais um jogo pela segunda divisão do campeonato estadual. A partida não foi realizada em razão de que não havia um médico no estádio. Existe, é verdade, um sopro de esperança. Amarildo de Carvalho, ex-jogador, e o radialista Artur Mário criaram em Campo Grande o Movimento Pró Futebol, com a intenção de resgatar os bons tempos do Comerário, ou de quando o Operário chegou a terceira colocação do Brasileirão. Assim é. Quando dirigentes, mandatários e pseudo desportistas são alçados a cargos para o qual não possuem qualificação e, pior, se deixam levar por influências, interesses pessoais e os colocam acima dos interesses da coletividade, quem perde é o esporte, notadamente o futebol. Que sirva de exemplo.

O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna.

Sobre os (des)interesses do Futebol

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