14/03/2016 08h25 – Atualizado em 14/03/2016 08h25
Conversa nada fiada
Por Odil Puques
Três milhões e quatrocentos mil pessoas segundo os números apurados pela Polícia Militar, seis milhões e seiscentos, segundo os organizadores. Embora haja divergências nos números de participantes nas ruas desse dia 13 – ainda mais irônico por ser o número do partido alvo dos protestos – o fato é que o domingo entrou para a história do país como sendo o dia do maior protesto registrado nos poucos mais de quinhentos anos, desde que a esquadra de Cabral aportou por aqui.
Os alvos principais foram as figuras de proa do petismo, como a atual e o ex-presidente da República, mas os peessedebistas Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram hostilizados quando tentaram participar do ato na Av. Paulista e Eduardo Cunha, Renan Calheiros presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado respectivamente, também receberam as devidas “homenagens” dos manifestantes.
A lição que se pode tirar desse dia é que a população cansou de ver os governantes e os políticos locupletando-se do dinheiro público e ficar de braços cruzados, achando que sempre foi e assim sempre será. O sentimento que toma conta da nação é de dar um basta à roubalheira, de não mais admitir políticos de A a Z que entram na vida pública somente para se dar bem na vida privada.
As eleições que se aproximam, embora municipais, podem se tornar o termômetro do que vem por aí. Na modesta opinião deste colunista, haverá muitas abstenções e votos em brancos e os políticos tradicionais terão muitas dificuldades em chegar na casa do eleitor para pedir votos, podem ser recebidos com quatro pedras na mãos. Quem viver, verá…
O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna.
