11/01/2016 07h15 – Atualizado em 11/01/2016 07h15
Conversa nada fiada
Por Odil Puques
E chegou o dezesseis trazendo com ele todo o leque de esperanças, sonhos, promessas, reinícios e aquela inabalável fé que no ano que se inicia faremos tudo diferente. Me admira essa capacidade que temos de reinvenção de uma data para outra, de profundas mudanças pela simples passagem do calendário lunar. Emagrecer, casar, ter mais dinheiro, arrumar um novo emprego, viajar, rever amigos, se perdoar, conviver mais com os familiares estão entre os vários desejos e promessas de início de um novo ano. Pois viva intensamente. Tenha sonhos e projetos impossíveis de realizar e quando chegar o dia, olhe para trás somente para demonstrar que as possibilidades estão todas aí, basta querer e fazer a hora acontecer. Conheça pessoas desconhecidas, ouça suas histórias, saiba quais são os seus carmas, seus humores, seus amores e descobrirá quão interessantes podem ser. Vá a lugares nunca dantes idos. Pode ser no País de Gales ou no quintal da sua casa. Explore-os, sinta seu cheiro, seu gosto e tenha a certeza que o melhor lugar do mundo é exatamente onde você está. Experimente sabores, ah como a vida fica deliciosa com aromas, gostos, saciedades e uma pimentada vinda das Gerais. Já provou o foie grass? E há quanto tempo não vai até a casa da mãe para degustar o arroz e feijão que tem sabor dos melhores dias da sua vida. Apaixone-se, desapaixone-se, somente para se apaixonar de novo. Viva cada amor como se fosse o último e faça de tudo para esse o ser. Conviva com crianças. Se não puder ser as suas, peça-as emprestadas do vizinho, do amigo, da irmã. Dialogue com elas e perceba como a vivacidade, a criatividade e a inteligência tornarão o seu dia a dia mais feliz. Ria, ria muito, ria de tudo e se tiver algum percalço não se esqueça de chorar, faz tão bem quanto. E se pudesse desejar o que de melhor fosse acontecer na sua vida, desejaria que você descobrisse os livros, para viajar por lugares nunca dantes imaginados. Leia, leia muito e leia bem. Problemas existem para serem resolvidos, contas foram feitas para serem pagas, as desilusões duram uma noite ou uma vida depende de como vamos administrá-la. É começo e o recomeço. Feliz 2016.
O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna.
