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terça-feira, 23 de abril de 2024

Nove anos de Causos, Prosas e Chamamé no Rádio!!!

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11/04/2016 07h15 – Atualizado em 11/04/2016 07h15

Conversa nada fiada

Nove anos de Causos, Prosas e Chamamé no Rádio!!!

Por Odil Puques

A ideia de fazer no Rádio um programa que retratasse os costumes, as tradições e as músicas fronteiriças não é originalmente minha. Orlando Santos, Bugre Nirceu Teixeira e outros saudosistas já haviam feito algo semelhante há algum tempo. Quando a Rádio Auxiliadora FM, foi levada ao ar, o diretor Valdir José Luiz, sabedor das minhas convicções pela cultura da terra, me propôs que fizesse algo do gênero. Dali surgiu o nome e o formato. Levar convidados que contassem a sua própria história e por consequência de Amambai e da região e os tocadores da polca, do rasquido e do chamamé. No primeiro programa o convidado foi o Reducindo Lima, o seu Redu, um aparaguaiado que vive pela região do Ytapoti, que com a sua simplicidade produziu um marco, contando a história dos enterros e das quantas vezes ele passou perto de enricar, mas se não era a vontade de Nhandejara, ele se conformava, porque é devoto demais para contestar os desígnios divinos. Como músicos aqueles que se tornariam sócios do programa os irmãos Juninho e André Fonseca e a sobrinha deles a Franciele. Daí em diante foram inúmeras histórias e estórias nos sábados a tarde. Acredito que senão todos, mas a grande maioria dos amambaienses que tinham o que contar, falaram nas ondas sonoras do rádio.

Causos de tudo quanto é tipo e jeito. Dos históricos contados por Silvio Berri e Almiro Pinto Sobrinho, até os de assombração, lobisomem e saci. O seu Mário Fonseca, pai do Juninho tocador, contou de uma vez que o saci, roubou uma criança da família e a levou para criar. Procura aqui, procura lá, encontraram a dita cuja, no meio de um caraguatazal chupando mel de oropa. Dias depois encontrei o personagem dessa história e ele me confirmou o ocorrido. De Raul Tobias a Jurandir Ramos, os chamamezeiros todos passaram por lá. De quando em vez não consigo fazer o programa por conta de outros compromissos, basta sair na rua no dia seguinte que meus fieis ouvintes, especialmente os da terceira idade me cobram a ausência. De tanto ouvir, acabei por contar com o lançamento de um livro de historietas, também denominado Causos e Prosas. Nos últimos tempos tenho tocado mais músicas gravadas pelos artistas afamados do que ao vivo e percebo um certo esgotamento do modelo. Mas continuo por lá nos sábados, contando e ouvindo causos, tocando chamamé e quando aparece um companheiro para um rico tereré, a festa fica completa.

O autor é advogado e escreve semanalmente nesta coluna.

Nove anos de Causos, Prosas e Chamamé no Rádio!!!

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