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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Menor elefante do mundo é assassinado por causa do marfim de suas presas

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04/01/2017 16h57

Fonte: Agência de Notícias de Direitos Animais

Mesmo os menores elefantes do planeta, escondidos na ilha de Bornéu, já não são imunes à crueldade de caçadores que alimentam o comércio mundial de marfim. De acordo com o jornal The Guardian, na véspera de ano novo, oficiais da vida selvagem de Sabah, na Malásia, encontraram os ossos de um elefante pigmeu de Bornéu, como é popularmente conhecido por seu tamanho, morto por caçadores.

Através de um exame nos osso, o animal foi identificado. Sabre, como era conhecido graças a suas presas incomuns, que inclinavam para baixo como os caninos do já extinto tigre-de-dente-de-sabre, foi assassinado em novembro, dias depois de outro elefante ter sido encontrado morto e sem as presas pelas autoridades locais.

Com a morte dos animais, a caça começou a ser discutida em Sabah. De acordo com Benoit Goossens, diretor do Centro de Campo Danau Girang, a descoberta dos corpos dos animais indicam a presença de um caçador profissional na área.

A ameaça e a falta de segurança para elefantes em Sabah

Sabre foi resgatado em uma plantação de óleo de palma no início de outubro de 2016, e transferido para a Reserva Florestal de Kawang, considerada um lugar seguro pelas autoridades. “Estávamos obviamente errados”, declarou Goossens.

Antes de ser solto, o animal recebeu um colar de identificação que permitia seu rastreamento via satélite.

“Parece que não há mais lugares seguros para elefantes em Sabah. As autoridades responsáveis pelo monitoramento da caça de animais selvagens e outras atividades ilegais devem trabalhar mais e de forma mais inteligentemente”, disse Pakeeyaraj Nagalingam, membro da Unidade de Resgate de Animais Selvagens de Sabah, que ajudou no resgate e na transferência de Sabre em outubro. “Não há palavras para expressar nossa tristeza.”

O esqueleto de Sabre foi encontrado um dia depois do anúncio da proibição do comércio de marfim na China.

“A perda desses elefantes é triste, especialmente quando o mundo está acordando para a extinção do elefante africano e fechando seus mercados internos de marfim”, disse Elizabeth Bennett, vice-presidente de conservação de espécies da Wildlife Conservation Society ao The Guardian. “Somente quando todos os mercados de marfim estiverem fechados e a demanda por marfim cessar, as populações de elefantes em toda a África e Ásia estarão seguras da caça.”

A caça e o desmatamento colocam elefantes em risco

Os elefantes de Bornéu estão gravemente em perigo, já que cerca de 2 mil animais vivem hoje em um habitat decrescente, tomado por plantações industriais de óleo de palma.

O desmatamento e a perda de habitat continuam sendo a maior ameaça para a espécie, já que elefantes asiáticos são menos ameaçados pela caça que seus primos africanos. Isso se deve ao fato de que apenas alguns elefantes asiáticos ostentam presas – enquanto todos os elefantes africanos têm presas. O marfim asiático também é considerado “menos valioso” que o marfim africano, devido à sua fragilidade e propensão ao amarelamento.

“Minha esperança é que Sabah acorde… estamos perdendo nossa megafauna, o rinoceronte se foi, o banteng [vaca selvagem] está indo e o elefante será o próximo”, disse Goossens. “Esses crimes não devem ficar impunes. Não vamos perder nossas jóias, a próxima geração não nos perdoará.”

Este elefante ganhou o nome de Sabre por causa de suas presas incomuns, curvadas para baixo. Ele foi posteriormente assassinado por caçadores de marfim (Foto: Danau Girang Field Center e Wildlife Rescue Unit)

O esqueleto de Sabre, um elefante pigmeu macho morto na ilha de Bornéu por suas presas (Foto: Danau Girang Field Center e Wildlife Rescue Unit)

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